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Arquitetos: EZ Studio
- Área: 350 m²
- Ano: 2023
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Fotografias:Ali Gorjian
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Fabricantes: AutoDesk, Chaos Group, Enscape GmbH, Farkhan Factory, Kelar Sanitary Fixture, Rasa Light-masoud Karimi, Tiling Roohani, Zibasazanesfahan-Majid Tahmasebi
Descrição enviada pela equipe de projeto. Situada em um terreno de 1000 m2 a aproximadamente 24 quilômetros a nordeste de Isfahan, Irã, a casa foi projetada para ser um duplex voltado para o rio abrigando uma família de quatro pessoas. O projeto está localizado nos arredores da vila de Kaaj, um ambiente rural histórico onde restam vestígios de uma mesquita e uma fortaleza em ruínas da dinastia Ilkhanid.
Com 350 m2, a casa apresenta um layout dinâmico e fluido. Com 3 suítes, uma sala, uma área de estar e pátios, a ideia principal do projeto é representada por uma parede central que divide o terreno em duas zonas: pública e privada. A casa se resume à parede, mas vai além da imaginação. Uma parede de conexão, não de separação. Um crônica de vida, uma testemunha de picos e vales, amor, lamento, alegria e tristeza. Um canto isolado da infância, uma tela para sussurros de histórias que ressoam através do tempo. Incorporamos a conexão da história com o presente, fluindo com a essência das vidas.
Parede, espaço ambíguo - Neste projeto, a parede transcende conceitos de mero fechamento e estruturação; torna-se um conector conjunto entre diversos reinos espaciais. Enquanto isso, não é apenas uma espessura ou fundo, transforma-se em um organizador espacial, redefinindo seu papel dentro de uma complexa rede de relações arquitetônicas.
Primeiramente, uma parede linear central é estabelecida, delineando os espaços, seguida por camadas de paredes paralelas à linha central. Dentro dessas camadas, o espaço é ativado. Cada camada representa um espaço independente e, para transitar de um cômodo para outro, passa-se pela abertura na parede, tornando-se momentaneamente parte dela (limite). Este limite não é meramente um momento de conexão com diferentes espaços; é, ele mesmo, uma expansão de várias condições espaciais. Não é nem aqui nem ali; Os espaços internos da casa não estão confinados a áreas habitáveis, mas existem dentro do interstício entre duas superfícies verticais de parede (entre), enquanto os espaços externos definem o interior da casa.
A zona de transição entre as camadas da parede permite que o limite se estenda para todos os espaços, o que significa que a parede central, apesar de sua posição entre as zonas, não é uma entidade independente; ela interage dinamicamente com outros espaços. A liminaridade pode transformar transições mundanas em jornadas memoráveis, evocando curiosidade e admiração, pode oferecer momentos de pausa e introspecção em meio à agitação e se tornar centros de interação social, promovendo conexões.
Esteticamente, os tetos arqueados ecoam as geometrias curvilíneas da aclamada arquitetura tradicional persa e seus pátios, incorporados para fornecer luz natural e ventilação, também criam uma variedade de espaços de encontro ao ar livre e áreas intimistas para contemplação.
Externa e internamente, a casa possui um caráter monolítico que presta homenagem à arquitetura tradicional persa, celebrando geometria, materialidade e cor com o uso de paredes tingidas com tons terrosos. Este sistema de construção proporciona uma paleta única de cores e texturas, criando harmonia entre a casa e seu entorno. Ao entrar, a luz natural que reflete nos tons quentes dos móveis gera uma atmosfera que evoca silêncio e introspecção.