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Arquitetos: studio mk27 - marcio kogan
- Área: 785 m²
- Ano: 2023
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Fotografias:Fernando Guerra | FG+SG
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Fabricantes: Pedras Bellas Artes, Plancus, Tresuno, mado
Descrição enviada pela equipe de projeto. A posição desta casa foi cuidadosamente planejada para preservar a natureza ao redor e respeitar os rigorosos limites de construção. Localizada em um terreno com encostas acentuadas, em meio a uma floresta tropical, a implantação enfrentou desafios tanto no design quanto na construção. Foi necessário equilibrar com precisão os pontos de acesso, as vistas e a viabilidade do projeto.
O prisma branco, suspenso por uma sequência de pilotis, parece flutuar sobre o terreno, tocando-o minimamente. A entrada principal, acessada por uma escada em espiral, conecta o terraço às suítes. Essa solução elimina passagens internas entre os espaços, oferecendo uma experiência única e direta com o clima, os ventos, os aromas e a luz da mata.
No topo do prisma, uma plataforma elevada se abre sobre as copas das árvores. Uma estrutura leve e discreta, situada dentro dos limites da plataforma, protege a área de estar, cercada por caixilhos móveis. A transição quase imperceptível entre os espaços internos e externos proporciona uma constante sensação de imersão na Mata Atlântica.
O design de interiores celebra exclusivamente a cultura brasileira, combinando design contemporâneo nacional, artesanato tradicional e obras autorais em cada detalhe. A Canopy House é uma homenagem ao Brasil, unindo sua natureza exuberante à diversidade cultural inigualável.
O cobogó, criado especialmente para esta casa, projeta sombras que pintam o interior com padrões únicos, em constante mutação ao longo do dia. Esse efeito acrescenta uma camada de textura à rica composição de materiais. A palha aparece em detalhes como os pendentes de Israel Piaçava, mesas laterais e até em uma parede inteira. A diversidade de tecidos se revela nos tapetes, redes e poltronas, como a icônica Vivi, de Sérgio Rodrigues. A madeira, em sua versatilidade, surge nos painéis deslizantes de muxarabi, na mesa de centro de Pedro Petry e na escultura de José Bezerra. Finalmente, o concreto completa o conjunto amarrando toda a composição em uma sinfonia harmoniosa.