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Arquitetos: Gianni Botsford Architects
- Área: 280 m²
- Ano: 2023
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Fotografias:Schnepp Renou, James Eagle, Jonny Wilson, Gianni Botsford Architects
Descrição enviada pela equipe de projeto. Localizada em Hampstead e discretamente escondida atrás de um pub vitoriano, essa é uma nova casa familiar de 280 m2 projetada por Gianni Botsford Architects, substituindo uma casa rural em ruínas da década de 1860, enquanto renova sua exemplar extensão de 1969 feita por Foster Associates (agora Foster + Partners).
A nova casa de quatro andares foi projetada para complementar a estrutura leve de um andar projetada por Foster Associates, composta por treliças de aço, blocos de concreto e grandes janelas emolduradas em alumínio. O caráter industrial do design liderado por Norman Foster foi mantido, com a extensão do final da década de 1960 restaurada ao seu estado original, informando a qualidade elementar do projeto de Gianni Botsford Architects, evidente, por exemplo, na escolha de uma paleta limitada, mas eficaz, de materiais atemporais. Esta casa familiar agora abriga uma cozinha, sala de jantar e espaço de estar no térreo, com três quartos e um terraço na cobertura nos dois andares superiores. Também há um estúdio no nível do subsolo beneficiado por poços de luz de 3 m de altura. Os espaços do térreo têm acesso ao ambiente de planta aberta criado por Foster Associates - originalmente destinado principalmente para entretenimento e como lar para o piano de cauda do antigo proprietário. Os interiores são compostos por elementos de alumínio projetados por Gianni Botsford Architects, que incluem a escada, unidades de cozinha, armários, acessórios de banheiro, divisórias e portas. Todos foram feitos no leste de Londres.
O perfil do telhado original é evocado no novo volume, enquanto as elevações anguladas distintas conferem à arquitetura uma forte qualidade geométrica, tanto externa quanto internamente. Isso é ainda mais enfatizado pela claraboia circular de 2 m de diâmetro situada acima da escada em espiral de alumínio que conecta os três principais andares. A claraboia pode ser totalmente aberta para ventilação natural, criando uma conexão poderosa com o exterior. As fachadas do novo volume são revestidas em malha de alumínio perfurada em um tom suave cobre-marrom que preserva a memória da casa original. Elas também proporcionam privacidade e proteção contra a radiação solar. Gianni Botsford afirma: "Nossa resposta a este contexto sensível e negligenciado é guiada pela noção de adaptação local e foi realizada por meio de uma análise cuidadosa e forense do local para determinar maneiras de proporcionar privacidade para os ocupantes da casa e vizinhos, longas vistas para a paisagem dos jardins posteriores, acesso à luz solar, isolamento acústico e segurança."
Uma série de maquetes físicas feita pelos arquitetos foi utilizada para investigar o local, bem como a relação da nova casa com a extensão, enquanto focava em um forte senso de reciprocidade entre as duas. Isso levou a uma abordagem em que a forma e os volumes dos novos e antigos elementos do projeto seriam de estatura arquitetônica semelhante, mas claramente delineados no projeto. Também incentivou uma resposta formal otimizando a relação da casa com a paisagem ao seu redor, especialmente as altas árvores que cercam seu terraço de 56 m2. O paisagismo faz uso da alvenaria demolida da casa original, brincando com a ideia de memória incorporada enquanto reaproveita materiais existentes. No geral, o projeto foi concebido para minimizar seu impacto no meio ambiente, com design passivo incorporado desde o início. A casa está aninhada sob árvores existentes que proporcionam sombra natural contra a radiação solar, enquanto os tamanhos e a orientação das janelas foram otimizados para maximizar a luz do dia e a ventilação natural. A escada em espiral fornece um duto de ventilação natural vertical para toda a casa, que, juntamente com uma claraboia aberta acima, permitirá que o ar quente seja exaurido durante o clima quente por meio do efeito chaminé.
Materiais com alta massa térmica foram utilizados em toda a construção, em particular o concreto aparente. Isso, juntamente com a estratégia de ventilação natural, garantirá que a casa permaneça fresca sem resfriamento ativo. Por outro lado, o isolamento térmico aprimorado e a estanqueidade do ar minimizam a necessidade de aquecimento de espaço, que é fornecido por uma bomba de calor de fonte de ar com atenuação acústica e aquecimento por piso radiante. Além disso, um carregador de veículo elétrico foi instalado no poço de luz frontal. Nenhum aparelho à gás foi instalado na cozinha, o que significa que a casa é totalmente elétrica, sem necessidade de fornecimento de gás. O consumo de água é mantido ao mínimo por meio do uso de acessórios de baixo fluxo e um sistema de reciclagem de água cinza que trata a água de chuveiros e banheiras para reutilização na descarga de vasos sanitários. A reutilização de água da chuva e os telhados verdes reduzem ainda mais o consumo de água e o escoamento. Gianni Botsford afirma: "Devido à forma complexa, foi tomada a decisão de construir a nova casa adjacente à extensão e manter o concreto visualmente exposto para reduzir o uso de acabamentos, temperar a luz e se beneficiar da massa térmica. A estrutura da nova casa foi projetada para maximizar a eficiência, permitindo a utilização de paredes e pisos com espessura mínima.
