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Arquitetos: TJAD Original Design Studio
- Área: 13818 m²
- Ano: 2024
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Fotografias:ZY Architectural Photography

Descrição enviada pela equipe de projeto. A Estação South Sanlin está localizada no lado leste do Rio Huangpu, no corredor ecológico do anel externo, cercada por paisagens naturais e vilarejos, com foco principal no lazer ecológico. Seu projeto é inspirado no conceito de "Serpenteando pela Floresta", gerando formas arquitetônicas a partir do ambiente e dissolvendo a barreira entre a construção do metrô e as faixas urbanas de vegetação. A interação entre a floresta e o espaço da estação molda uma experiência de imersão na natureza, criando um modelo de estação integrada à cidade em formato de parque.

Infraestrutura tecendo paisagens urbanas: dos limites à integração.
A estação South Sanlin se sobrepõe à paisagem, criando uma floresta artificial ao sul da floresta natural, conectando a cidade ao verde. O paisagismo da estação integra a infraestrutura ao ambiente urbano, restaurando o equilíbrio natural e tornando a construção uma peça harmoniosa dentro da paisagem da cidade.

O projeto expande a vegetação ao norte, incorporando elementos ecológicos para conectar e unificar a infraestrutura antes isolada. Assim, cria-se uma rede coesa que valoriza o espaço público, transformando entradas movimentadas em praças, estruturando um parque central e adicionando um parque suspenso na cobertura para continuidade da paisagem. As torres de ventilação e resfriamento são separadas por áreas verdes e suavizadas por taludes e jardins floridos. Estruturas em formato de folhas, praças e vegetação se sobrepõem, formando um caminho integrado à malha urbana mais ampla.



Infraestrutura crescendo no local: da padronização à localização.
A estação destaca as características locais e explora o potencial paisagístico da infraestrutura, rompendo com modelos tradicionais padronizados. O projeto busca criar uma floresta artificial tridimensional, enraizada no espaço, em vez de um simples corredor de passagem. Para isso, combina múltiplas unidades geométricas para integrar acessos do metrô, saídas de emergência, sistemas de ventilação e refrigeração. Essa estratégia reduz visualmente o volume da estação e cria um conjunto de ilhas verdes em diferentes camadas. Além de garantir a fluidez dos acessos, o projeto torna a estação um espaço explorável, mitigando o efeito NIMBY ("Not In My Backyard") da infraestrutura urbana. O design prioriza a transparência e leveza estrutural. A construção utiliza colunas em forma de fuso combinadas com um sistema de carga vertical em formato de árvore, apoiadas por paredes de cisalhamento baixas, garantindo uma transição suave entre os níveis. No subsolo, colunas ramificadas distribuem a carga de maneira fluida, criando um efeito visual de leveza e reforçando a ideia de "Serpenteando pela Floresta".

O projeto prioriza a transparência e leveza estrutural. A construção utiliza colunas em forma de fuso combinadas com um sistema de carga vertical em formato de árvore, apoiadas por paredes de cisalhamento baixas, garantindo uma transição suave entre os níveis. No subsolo, colunas ramificadas distribuem a carga de maneira fluida, criando um efeito visual de leveza e reforçando a ideia de "Serpenteando pela Floresta".

Infraestrutura integrada aos serviços urbanos: da marginalização ao cotidiano.
A estação, além de ser um ponto de transporte estratégico, incorpora funções sociais, tornando-se parte do dia a dia dos cidadãos. Seu parque tridimensional é acessível 24 horas por dia, oferecendo áreas para passeio em diferentes níveis. O parque central conta com espelhos d'água e trilhas na floresta, criando um ambiente marcante e facilitando o acesso às entradas. As plataformas verdes junto aos acessos estendem a vegetação para o interior, desfocando os limites entre o ambiente interno e externo.


A estação reserva espaços flexíveis para serviços urbanos, com sete áreas que podem receber futuras instalações como espaços infantis, centros de visitantes e áreas de convivência. Esses espaços são equipados com catracas centrais e pavilhões adaptáveis, que podem ser transformados conforme a necessidade, o clima e a dinâmica urbana.

Infraestrutura de fluxo e contemplação: da passagem à permanência.
A estação South Sanlin propõe um novo conceito de estação-parque, indo além de um ponto de passagem para se tornar um destino. O design da cobertura dissolve os limites da infraestrutura, integrando-se à rede ecológica ao redor e criando um teto verde interativo e explorável. Com acessos variados e níveis projetados para valorizar a experiência visual, quatro plataformas em diferentes elevações (2,45 m, 5 m, 6,35 m e 8 m) foram projetadas para conectar visualmente os parques, florestas, vilarejos e paisagens urbanas próximas e distantes.

O resultado é uma rede fluida de espaços para circulação, contemplação e vivência, onde colinas artificiais se integram à floresta natural, proporcionando um novo modelo de estação-parque, onde as pessoas podem passear livremente e desfrutar de um ambiente inspirador.
