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Arquitetos: Room 11 Architects
- Área: 160 m²
- Ano: 2025
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Fotografias:Adam Gibson, Courtesy of Vipp
Descrição enviada pela equipe de projeto. A marca dinamarquesa de design Vipp leva sua mais nova casa de hóspedes para o Hemisfério Sul. Suspensa sobre uma colina inclinada na Ilha Bruny, na Tasmânia, o Vipp Tunnel, projetado pelo estúdio Room11 de Hobart, combina ousadia arquitetônica e design sustentável, equilibrando beleza e brutalismo. Com uma série de esculturas ao ar livre da renomada artista dinamarquesa Lin Utzon, esta propriedade se torna um refúgio único que une arte, design e natureza.
Frequentemente chamada de "o fim do mundo", a Tasmânia é reconhecida por sua sensação de imersão e distanciamento. Neste canto do planeta, os arredores naturais têm um efeito ancla, lembrando-nos de nossa conexão com a natureza. Ao desembarcar do ferry de 20 minutos de Hobart para a Ilha Bruny, há uma reconexão com a frequência e o ritmo do mundo natural. Direcionados para 42° ao sul do equador, os visitantes são recebidos por alguns raros wallabies brancos, que perambulam pela vasta área localizada na ponta noroeste da Ilha Bruny. Onde os terrenos acidentados do mato encontram o oceano, a estrutura de concreto desafia a gravidade sobre um terreno pontuado por uma faixa de 300 metros de mar, com uma vista de 280° do Canal D'Entrecasteaux, que conecta a Ilha Bruny à ilha principal da Tasmânia.
Arquitetura – Amplamente reconhecido pelo trabalho residencial, comercial e de hospitalidade em toda a Austrália, o estúdio Room11 criou uma estrutura escultural e brutalista imersa na vegetação. Equilibrando-se entre o solo sólido e o ar aberto, o Vipp Tunnel expressa um diálogo lúdico entre o cubismo do concreto e seus arredores orgânicos. "Na Ilha Bruny, criamos formas compreensíveis que não imitam o contexto, mas sim formam uma estrutura inteligível da qual podemos compreender o local", explica Thomas Bailey, arquiteto AIA e diretor do Room11, e continua: "É um lugar onde o corte do pensamento arquitetônico contemporâneo é retratado de forma nítida contra um contexto natural bruto." Um projeto de três anos, a casa de hóspedes concluída representa o interesse do Room11 pelo ofício e sua abordagem única da arquitetura, sensível à paisagem, aos detalhes e à materialidade.
No edifício de 160 m², com 30 metros de extensão, as paredes de vidro e portas de aço embutidas oferecem vistas desobstruídas para a paisagem impressionante do mar e das montanhas da Tasmânia. Janelas do chão ao teto e poços de luz trazem luminosidade ao espaço. Um pátio interno separa o principal espaço de convivência do quarto e banheiro, enquanto no final do túnel, uma porta de vidro leva a um terraço flutuante sobre o terreno, destacando a habilidade arquitetônica que enfatiza a sensação de estar no fim do mundo. "As proporções dramaticamente alongadas da estrutura respondem à paisagem, emoldurando deliberadamente o Canal D'Entrecasteaux com uma vasta extensão de vidro sem moldura. Dessa maneira, o usuário é colocado na extraordinária paisagem natural da Ilha Bruny", acrescenta Bailey.
Um cubo separado de 35 m² com tetos de 4 metros de altura, chamado "o estúdio", oferece um refúgio de calma visual e sensorial. Ideal para escritório ou sala de meditação, seu design simples destaca a arquitetura e inclui apenas uma cadeira Vipp Swivel contra uma mesa integrada e uma cama dupla oculta em um mezanino.
Luz no fim do túnel – Inspirado no fenômeno natural da Aurora Australis, ou Luzes do Sul, quando o céu noturno se transforma em um cenário de cores, o Room11 adicionou vidros cromáticos às claraboias centrais do edifício. O piso e as paredes de concreto polido amplificam o efeito, refletindo a constante interação de luz que dança pelo interior, criando uma obra de arte em constante mudança. "A instalação do poço de luz caleidoscópico oferece uma dinâmica de cores e tempo. À medida que o sol se move e as estações mudam, tons vívidos de amarelo, rosa e laranja são projetados no interior de concreto, marcando a luz variável a 42° ao sul. Projetada para responder às transições sazonais, a instalação garante que nenhuma visita seja igual à anterior", explica o empresário do projeto, Dane Taylor. "Uma visita ao Vipp Tunnel é uma imersão na natureza bruta e na arquitetura bruta. É uma estação de solidão no fim do mundo."
O elo dinamarquês – O encontro eclético entre as partes continua no encontro entre o minimalismo dinamarquês do interior da Vipp e a grandiosidade da natureza australiana. "A Vipp viaja para o sul do equador para a abertura de nossa primeira casa de hóspedes na Austrália, adicionando à nossa crescente coleção de casas de hóspedes Vipp ao redor do mundo", diz Kasper Egelund, CEO e proprietário da 3ª geração da Vipp. "Conhecida pela excelência do design e pela paisagem natural notável, a Tasmânia é o destino ideal, com muitas afinidades com nossas raízes dinamarquesas. O Room11 criou uma peça de arquitetura verdadeiramente deslumbrante, um espaço para reflexão e escape que complementa perfeitamente a filosofia de design da Vipp."
Enquanto a Tasmânia oferece o exterior impressionante, a marca dinamarquesa Vipp fornece o interior. Como se feito para o projeto, a nova cozinha V3, toda em alumínio, da Vipp é o centro do espaço principal. Com uma bancada monumental de aço inoxidável e portas de alumínio ondulado, a ilha da cozinha reflete a materialidade da arquitetura do edifício. Uma cuidadosa seleção de móveis Vipp, incluindo cadeiras Vipp Swivel estofadas em pele de ovelha australiana, traz elegância sofisticada contra a casca crua do túnel, enquanto um lounge embutido integra um canto de suavidade. "Nosso portfólio de casas de hóspedes visa elevar a experiência do produto e criar uma porta de entrada para nosso universo de design. Trabalhando com diferentes tipologias arquitetônicas e vernaculares, podemos criar experiências de design distintas", acrescenta Egelund.
Para reforçar a união única entre o design dinamarquês e a arquitetura australiana, a artista dinamarquesa Lin Utzon trouxe uma edição de sua icônica série "Cosmic Dancers" para as margens da Ilha Bruny. Colocadas entre as árvores de eucalipto vermelho da propriedade, as grandes esculturas cerâmicas em preto e branco ecoam os traços alongados das árvores características. Filha de Jørn Utzon, o renomado arquiteto que projetou a Sydney Opera House, Lin tem fortes laços com a Austrália. Agora uma artista de sucesso por mérito próprio, o trabalho de Lin frequentemente reflete a filosofia de seu pai de harmonizar arte e arquitetura. A exibição de suas 'Cosmic Dancers' na vegetação australiana, ao lado do design arquitetônico do Vipp Tunnel, cria uma forte conexão com esses aspectos de sua vida e obra.
Refúgio off-grid – Revestida com uma fachada inteira de painéis solares voltados para o oeste, a estrutura é autossuficiente em energia e funciona off-grid. "A fachada inteira voltada para o oeste é derivada da geometria da matriz solar. Uma afirmação inequívoca de priorização da produção de energia verde na construção contemporânea. É uma celebração de uma nova fronteira na construção sustentável. Pelo que sabemos, este é o primeiro edifício a ter uma fachada inteira criada pela tecnologia solar, aproveitando ao máximo a latitude do local", diz Bailey. Com engenhosidade no projeto, a elevação do edifício minimiza o impacto direto da construção no solo. Durante o processo de design, o Room11 realizou pesquisas sobre cada árvore no local e ajustou as obras de estrada ao redor das árvores significativas. Um corredor de construção estreito foi estabelecido para que o impacto na vegetação endêmica fosse mantido ao mínimo.
O design do painel de concreto oferece isolamento térmico para manter uma temperatura regular ao longo do ano, minimizando o uso de fontes de aquecimento e resfriamento. Para conforto ideal, o edifício conta com piso aquecido em toda a área e ar condicionado. "As escolhas de materiais e as metodologias de construção utilizadas garantirão um edifício de grande longevidade com o mínimo de recursos. O projeto é uma afirmação de qualidade em vez de quantidade", acrescenta Thomas Bailey. Este refúgio é totalmente alimentado por água da chuva e energia autossuficiente. Além disso, com muitos produtos locais disponíveis na ilha, os hóspedes podem verdadeiramente viver da terra.
Diminuindo a velocidade – As amplas vistas da flora e fauna exuberantes da ilha convidam os visitantes a se conectar com a natureza e transformar a visita em um estudo da arte de desacelerar. Uma estadia na Ilha Bruny é um convite para respirar um dos ares mais puros do mundo. O charme da ilha está em sua fauna única e na abundância de vistas naturais. Aqui, pássaros patrulham os céus sobre 'The Neck', um estreito pitoresco que conecta o norte e o sul da Bruny. Pinguins surfam nas ondas da Adventure Bay. E os raros wallabies brancos lembram que você está de fato longe de casa.
