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Arquitetos: acau architecture
- Área: 677 m²
- Ano: 2024
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Fotografias:Federal, acau architecture
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Fabricantes: 4B SA, AutoDesk, JPF Ducret, R. Morand & Fils SA, Sansonnens FG Frères SA
Descrição enviada pela equipe de projeto. O novo Centro Comunitário Libellules é edificado no local da antiga fábrica de medidores de água Actaris, em Vernier, no Cantão de Genebra. O centro comunitário é parte integrante de um projeto urbano reconhecido com o primeiro prêmio num concurso de arquitetura realizado em 2018. O projeto ambiciona contribuir para a coesão do tecido urbano, localizando os equipamentos e espaços públicos nos sítios chaves na rede de mobilidade suave que conecta os bairros do Lignon, de Gordon-Bennett e das Libélulas.
O centro comunitário, com sua forma simples, destaca-se numa paisagem dominada por grandes conjuntos habitacionais. A “estufa central” é uma praça coberta que convida o espaço público a fazer parte integrante do edifício. Além de desempenhar um papel educativo sob a perspetiva energética, a estufa organiza os acessos aos diferentes programas e permite a realização de diversas actividades (mercado, festivais, área de recreação coberta, palco de teatro e outras representações, oficinas de artesanato, etc.).
Este espaço coberto apresenta uma arquitetura que remete à tradição hortícola do local. Contamos com os usuários para que se apropriem do espaço e definam usos temporários para o mesmo. A estufa é assim um lugar de convergência e partilha. Todas as áreas comuns se abrem para este espaço: a sala de estar com a cozinha, a grande sala multiusos, uma sala para crianças pequenas com uma rede em altura e uma sala de jogos para adolescentes. O subsolo também oferece espaços adaptados às necessidades do bairro, incluindo um atelier de madeira e bricolage, duas salas de ensaio, assim como uma área técnica que abriga as instalações técnicas do conjunto habitacional.
Uma visão sustentável e inclusiva. O centro comunitário integra uma abordagem exemplar em termos de construção sustentável. O conceito incorpora um sistema inovador de regulação térmica. Sondas geotérmicas alimentadas por painéis fotovoltaicos, garantem calor no inverno e frescor no verão. Um sistema de ventilação natural, que canaliza o ar através de um poço canadense, também ajudará a resfriar os ambientes durante o verão. As telas de sombreamento da estufa são desdobradas no verão para proteger o espaço público do calor excessivo. Todas as portas laterais da estufa serão abertas, permitindo assim a renovação do ar e o resfriamento. No inverno, em dias de sol, o calor passivo acumulado pela estufa ajudará a reduzir o consumo energético.
À escala urbana o projeto trabalha uma gradação dos espaços exteriores, do público ao privado. Jardins ornamentais garantem a privacidade das residências, enquanto hortas compartilhadas, situadas na fachada sul, convidam os moradores a cultivar em conjunto. Um processo participativo envolvendo os novos habitantes ajudará a definir os usos dos espaços exteriores e a fortalecer a coesão social do bairro.
