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Arquitetos: Berenguer Samos
- Área: 95 m²
- Ano: 2024
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Fotografías:Imagen Subliminal (Rocio R. Rivas + Miguel de Guzman)
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Fabricantes: JUNG
Descrição enviada pela equipe de projeto. Redes. Guarda-sóis. Toalhas. Refrigeradores. Ancinhos. O equipamento de praia de uma família espanhola média representa um volume físico considerável que precisa ser acomodado no comumente chamado “apartamento de praia”, que, em geral, não inclui a tipologia arquitetônica com a maior área útil disponível.
Os clientes, pais e agora avós, partem da necessidade de morar em uma residência que deve ser adaptável às visitas anuais de todos os membros da família, sem afetar o espaço reduzido de sua casa durante o restante do ano. Portanto, ela deve atender às qualidades de uma casa comum, em termos de necessidades básicas, somadas a um requisito de armazenamento típico do ambiente costeiro e à versatilidade de adaptação às necessidades de uma casa de veraneio.
Partindo de uma premissa arquitetônica sem valor espacial ou construtivo, decidiu-se virar a planta atual de cabeça para baixo para criar uma casa de frente para o mar, onde a sala de estar e a cozinha se abrem para o grande terraço. A orientação sul em direção à costa de Velilla, Granada, garante luz solar contínua durante todo o dia. Adaptando-se à estrutura de suporte de carga do edifício, o projeto propõe uma sucessão de quarto/banheiro/quarto/área comum que minimiza o impacto dos pilares presentes no andar térreo.
Dessa forma, o mobiliário proposto se ajusta às dimensões desses ambientes, envolvendo-os e formando, junto com a faixa no corredor, uma caixa habitável. As portas ocultas reforçam essa imagem, desfocando o limite da residência quando a caixa está fechada. A altura da unidade, marcada em 2,20 m, permite um fechamento contínuo de vidro entre a unidade e o teto que traz luz das aberturas perimetrais do apartamento para o corredor de entrada. Para garantir o sombreamento nos diferentes cômodos, um sistema de persianas mecanizadas paralelas ao vidro está oculto no teto falso.
Em uma casa cheia de portas ocultas e espaço limitado, a presença de camas fixas impossibilita que os dois habitantes as utilizem diariamente, por isso foi escolhido um sistema de camas dobráveis no caso do quarto das crianças e portas dobráveis/abertas no caso do quarto de hóspedes. A primeira estratégia libera o espaço para que os pequenos possam brincar em todo o quarto ou usar a escrivaninha para estudar nas longas tardes de verão, com os beliches integrados em uma parede de 2 m por 4 m.
A sala de estar faz um gesto inverso ao resto da casa, liberando a passagem a 2,20 m de onde, na caixa suspensa, pendem as caixas móveis que configuram um quarto de hóspedes com vista para o mar. Os painéis de carvalho e compensado branco que revestem os armários e as paredes da unidade da caixa buscam transmitir uma sensação de unidade conjunta, confundindo interior e interior depois que as aberturas de passagem são atravessadas.
