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Arquitetos: Carrera de Arquitectura UCSG, Eletres Studio
- Área: 34 m²
- Ano: 2024
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Fotografias:Eletres Studio, Emily Chérrez, Marco Pocomucha, Luis Albino Reyes

Descrição enviada pela equipe de projeto. No ponto mais alto da cidade, um pássaro pousa após um longo voo; entre colinas e rochas, busca observar com espanto a grande cidade… Um pavilhão que convida à contemplação e à descoberta a partir do interior de sua estrutura, emoldurando vistas e espaços únicos que somente de uma grande altura poderiam ser apreciados. Um lugar para a pausa e o deleite da paisagem urbana, um elemento de caráter único formal onde se fundem luz, estrutura e geometria: "Um espaço temporário para a memória prolongada".



Território ideal. Localizado na cidade de Guayaquil, o pavilhão atua como um observatório experimental da cidade, sua localização na parte mais elevada do campus da Universidade Católica de Santiago de Guayaquil a mais de 70 m.s.n.m o posiciona em um espaço privilegiado. A natureza topográfica deste lugar oferece características de isolamento e serenidade plena, evocando um desejo de conexão profunda com o entorno; os elementos circundantes, como a vegetação árida e as rochas, intensificam a atmosfera propícia à meditação, evocando uma sensação de serenidade e introspecção. O resultado dessa soma de elementos é um espaço com vistas únicas para a cidade, uma obra cujo manifesto construtivo e formal evoca habitar o ar: unir-se ao horizonte.

Habitar a catenária. A catenária é uma forma geométrica de caráter livre, difícil de expressar e matematicamente complexa em sua descrição. O Pavilhão Horizonte é descrito como uma catenária que se sustenta no vazio, cuja geometria inversa e compressão no centro gera uma abertura, derivando em 2 espaços paralelos habitáveis que formam o percurso para os visitantes. O pavilhão destaca sua condição geométrica de leveza, buscando habitar a concavidade e os espaços inferiores que a definem. É um limiar simbólico que se estende até o horizonte, um artefato que alça voo entre colinas, cidade e rio.


Limites estruturais. O pavilhão de 4,5 metros de altura, se organiza em sistemas de ancoragens enterradas e é construído principalmente com tubos metálicos circulares de grande seção somados a uma cobertura leve translúcida de estrutura aberta cuja geometria é baseada em uma catenária. O pavilhão apresenta como configuração geral um design modular composto por dez unidades de suporte em forma de "M", fixadas nas ancoragens do solo e em ângulos metálicos no ponto mais alto para unir as arestas e sustentar a cobertura; para assegurar a integridade do pavilhão, utiliza-se um perfil circular que o percorre horizontalmente, sustentando a totalidade dos elementos.



Processos duais. O projeto começou sua materialização na cidade de Huancayo, com uma estrutura de trabalhos colaborativos descentralizados entre o Peru e o Equador. Os processos começaram com o design conceitual e modular do pavilhão, posteriormente com os testes de módulos em escala 1:1, culminando com a réplica da montagem em um terreno similar ao do futuro local. O projeto se desenvolveu por um sistema de montagem dual, tendo elementos montados e construídos anteriormente, como as junções para as arestas e âncoras, que posteriormente foram levados ao local da construção, diminuindo os tempos de montagem no local. In situ foram adquiridos os elementos verticais metálicos com as medidas previamente testadas.
