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Arquitetos: Atelier Guo
- Área: 22 m²
- Ano: 2012
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Fotografias:Ziqian Wang, Qingshan Wu

Descrição enviada pela equipe de projeto. Uma Expo, um parque ou um jardim? O projeto está localizado no Jardim Herbal do Parque Expo, longe dos pavilhões principais, em um recanto que mais se assemelha a um parque cívico. Comparado aos paisagismos mais dominantes e aos elementos temáticos persistentes, este pequeno jardim, envolto em vegetação exótica, exala uma sensação de tranquilidade e intimidade. Em sua presença discreta, irradia uma vitalidade pública profunda—o riso e as conversas de pessoas de todas as idades sob os pavilhões já diluíram as narrativas outrora ambiciosas e as grandes visões que um dia definiram esta terra.


Não totalmente visível, mas completamente acessível? A intenção de projeto era clara desde o início: aproveitar o potencial existente do local, estendendo o espaço linear do corredor existente e resolvendo seu término com um gesto de convergência e reconciliação espacial. Adotamos a linguagem da parede branca do corredor para articular escala, linhas de visão e orientação. O caminho suavemente curvado se desenrola em um gradiente contínuo, esfumaçando a clareza direcional ao lado de formas geométricas ambíguas. Dentro deste espaço compacto, o corredor linear amplifica a percepção corporal. Aqui, a descoberta intuitiva em movimento substitui a orientação explícita e o julgamento racional, enquanto impressões visuais fragmentadas se coalescem em uma experiência espacial coesa.


Uma parede estendida ou uma estrutura coberta? Impulsionado por uma abordagem leve e de fundação mínima, o projeto segue uma lógica estrutural de cima para baixo. Além de manter a estratificação tripartite dos pavilhões existentes, o projeto coloca maior ênfase na parede como um elemento primário, enquanto o teto e o chão permanecem distintos entre si. O teto, em vez de ser uma superfície sólida, se materializa como uma estrutura. Os beirais rasos suavizam a interseção dos componentes do teto, delineando arestas nítidas e eretas—manifestando uma postura que oscila entre uma instalação e estrutura construída.


Uma cortina suspensa ou uma parede suspensa? O momento em que se entra no espaço central marca uma mudança de massa. Experimentamos painéis de concreto branco pré-moldado ultrafinos, equilibrando peso visual com as demandas estruturais de leveza, garantindo clareza geométrica e estabilidade. A sutil refletividade do material e as sombras suaves, juntamente com sua curvatura quase imperceptível, conferem à forma uma resiliência suave. Em meio à vegetação circundante, essas superfícies se tornam telas sobre as quais a paisagem é projetada, evocando imagens que lembram seda lavada com tinta.



No passeio, cruzam-se vislumbres de paisagens que ultrapassam as molduras—fragmentadas, mas unidas pelo movimento. Só então é possível perceber que talvez o “teto dourado” jamais concretizado tenha, na verdade, se expandido nesta paisagem de paredes brancas.
