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Arquitetos: Williamson Chong Architects
- Área: 2000 m²
- Ano: 2009
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Fotografias:Bob Gundu
Descrição enviada pela equipe de projeto. A Casa na localidade de Buraco dos Sapos, um retiro no campo de 2000 m², está localizada em uma longa encosta da Escarpa Niágara com vista para a Georgian Bay. A propriedade é uma coleção de montes de barro erodidos e zonas de mananciais protegidos, coberto com um denso campo de espinheiro e gramíneas nativas. Não é pitoresco, mas difícil e impenetrável.
Os clientes, que se reúnem na propriedade ao longo do ano, são ciclistas ávidos que passaram meses na propriedade de 100 hectares antes da construção, correndo por discretas trilhas de mountain bike e aprendendo os caminhos dos cavalos e motos de neve conforme eles emergem ao serem criados pela comunidade ao longo das estações do ano. Por causa de sua conexão com a paisagem, uma estratégia primordial para o local foi resistir à inclinação para construir em cima das colinas, onde se podia avistar a propriedade em sua totalidade, em vez esculpir uma área de construção na base da encosta. A casa não é o destino final, mas um ponto de parada dentro de sua rede de atuação.
Escavado na paisagem, a tectônica muscular da longa parede de concreto figurativamente limpa o local para a construção, enquanto conecta os ambientes naturais com os de clima controlado. O concreto tem uma resistência que espelha a paisagem, proporcionando proteção contra os ventos do inverno prevalecentes. Durante os meses de Verão, o muro do pátio fornece sombra, criando focos de ar mais frios que são passivamente levados através da casa.
A entrada é no extremo oeste do muro de concreto e em uma barra de serviços que contém a escada, cozinha, escritório, oficina de bicicletas, sala de armazenamento e casa das máquinas. Esta zona funcional serve como pano de fundo para a sala de estar envidraçada que se abre em três lados para uma visão ampliada da paisagem ondulante.
O segundo nível paira acima da parede de concreto e do espaço da sala de estar. Ele contém os quartos, banheiros e uma sala de estar íntima em um pequeno ambiente confinado customizado com paredes de madeira. Projetado como um ritmo ondulante de diferentes larguras, placas finas são perfuradas com uma CNC a uma profundidade rasa, enquanto placas mais largas são perfuradas com estrias profundas, lançando longas sombras que acompanham o sol que se move ao redor da casa. As paredes de madeira estão manchadas com um pigmento à base de óleo de linhaça com óxido de ferro, que requer reaplicação apenas uma vez a cada 15 anos.
O primeiro e o segundo pavimento são ligados por um ambiente coma silhueta de escada. Este elemento digitalmente fabricado é projetado para filtrar a luz a partir do volume da claraboia acima. No piso térreo ele esculpe na área abaixo do seu patamar superior para reunir mais espaço na entrada e permitir uma área de assentos.
A ligação da casa para a terra é reforçada não só na sua forma arquitetônica, mas também em sua pegada ambiental. A casa é aquecida com loops de piso radiante que complementam o ganho de calor passivo no inverno das janelas voltadas para o lado sul. Além disso, não há nenhuma refrigeração mecânica. Em vez disso, a torre de escada e janelas operáveis facilita a ventilação passiva que puxa o ar frio através da casa de áreas exteriores sombreadas. Os materiais naturais e pigmentos foram usados em tudo e uma pequena metragem quadrada foi mantida para reduzir ainda mais os custos de construção e manter futuro consumo de energia ao mínimo.