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Arquitetos: José Antonio Sosa , Magüi González, Miguel Santiago
- Área: 89700 m²
- Ano: 2013
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Fotografias:Roland Halbe
Ao se posicionar no interior da cidade, o edifício abraça seu papel como articulador entre o centro histórico e o bairro de San Cristobal, um protótipo de planejamento urbano moderno da década de 1960.
Não queríamos fazer de sua estrutura organizacional uma imagem muito forte ou impositiva; ela deveria respeitar e realçar o skyline desta parte da cidade. Uma silhueta com alturas variáveis, uma pele que envolve o edifício em um zigzag rítmico. Os recuos e saliências reduzem sua escala, adequando a edificação ao entorno residencial.
Visto à distância, o exterior do edifício reflete o fluxo de pessoas. A rua interna e os elevadores panorâmicos tornam visível o contínuo ir e vir de visitantes e usuários.
Voltado para o centro histórico e para a Catedral há um grande balanço que recebe com um gesto de boas vindas as pessoas que chegam ao edifício.
No espaço interno, uma ampla rua age como continuação do ambiente urbano, seu ritmo é marcado por pátios que proporcionam luz natural e ventilação ao nível térreo, pavimento com maior fluxo de pessoas. Sua estrutura funcional está mais para uma cidade que para um edifício; a grande passagem interna proporciona acesso aos sistemas de circulação vertical que servem a todos os blocos judiciários.
Buscou-se uma imagem equilibrada e austera, um edifício branco e cristalino que simboliza a verdade e a justiça, sem, contudo, renunciar a seu caráter representativo; próximo aos cidadãos, mas mantendo a distância e respeito caras a esta instituição.
A busca por uma imagem sincera porém fragmentada, transparente e opaca, horizontal e ao mesmo tempo vertical. Um edifício coletivo que contém outros, intimamente ligados, mas também um conceito: a aceitação da diversidade e multiplicidade, entendendo que "um é na realidade um e muitos outros ao mesmo tempo".