O Centro Cultural e Turístico de Ubá é um projeto elaborado para desenvolver, fortalecer e divulgar as diversas formas de manifestações artísticas e culturais desenvolvidas na Zona da Mata. Dividido em edifícios distintos para Filarmônica, Teatro de Arena, Cinema e Espaço Comercial, o complexo é organizado em torno de uma praça cívica, que também se torna ambiente para shows e eventos ao ar livre.
O complexo também possui a nobre tarefa de expor e proteger a única réplica em tamanho real da obra máxima do artista Cândido Portinari: os monumentais painéis "Guerra e Paz".
A proposta vem de encontro à elaboração de um conceito de espaço cultural que seja aberto e democrático, atraindo a população e transformando a sociedade em torno da arte. Portanto, além dos espaços para exibições finais, o foco neste centro cultural é também de ensino e propagação da cultura através da educação e profissionalização social.
Sobre o “Quadro Guerra e Paz”, de Portinari
Guerra e Paz são dois painéis de aproximadamente 14 x 10 m, cada um produzidos pelo pintor brasileiro Cândido Portinari, entre 1952 e 1956. Os painéis foram encomendados pelo governo brasileiro para presentear a sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque, mas antes de partirem, em 1956, foram expostos numa cerimônia no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, que contou com a presença do então Presidente Juscelino Kubitschek.
Cinquenta e quatro anos depois, em dezembro de 2010, os painéis deixaram a sede da ONU e retornaram ao Brasil para uma restauração que ocorreu no Palácio Gustavo Capanema de fevereiro a maio de 2011, em ateliê aberto ao público. Graças aos esforços do Projeto Portinari, a obra será exposta no Brasil e no exterior até agosto de 2013, enquanto a sede da ONU sofrerá uma grande reforma.
Guerra e Paz possui apenas uma única réplica em tamanho real existente, com a qual Ubá foi presenteada. Para honrar e festejar esse fato, o espaço mais nobre do edifício foi desenvolvido para expor a réplica de forma permanente.
“Nunca, na arte moderna do mundo inteiro, um pintor viu as suas obras substituírem-se aos acordes de Wagner e Verdi, à fantasia dos ballets de Chopin, à majestade das orquestras sinfônicas. Pela primeira vez no século XX, o maior teatro de uma cidade transforma-se em templo da pintura.” (Mario Barata)