Implantada em um bairro residencial em Sorocaba, esta residência marca o horizonte local por sua volumetria
Composta por dois volumes sobrepostos, a casa decorre da intenção de liberar a maior área possível para os espaços de estar e dar fluidez em sua ocupação. Para dinamizar o projeto, o pavimento superior foi destacado do volume inferior fazendo com que metade da residência pareça flutuar no terreno.
Com a intenção de garantir afluência de iluminação e ventilação natural, o projeto conta com grandes aberturas nas fachadas e na cobertura, e que contribuem também para a composição de suas fachadas principais. No térreo, a sala de estar pode ser totalmente aberta ao jardim por painéis de vidro de correr, criando uma extensão da casa para seu exterior e fazendo com que seus ambientes se misturem. Para garantir a privacidade dos ambientes íntimos, no piso superior as aberturas são protegidas por venezianas em madeira pintadas de branco, além do vidro na face interna.
Os arquitetos priorizaram a riqueza espacial. Quanto as materialidades, as paredes internas e externas são brancas, sendo as internas pintadas e as externas recebem pintura, o que gera diferenciação nas texturas dos ambientes. Os pisos internos ganharam acabamento em granilite e intermedeiam o interno com o externo, trazendo o jardim para a casa e vice-versa. As circulações vertical e horizontal recebem iluminação natural por abertura zenital, transformando estes espaços em uma pequena galeria de exposição dos objetos de arte e da vida cotidiana. Tais aspectos conferiram a casa um resultado plástico de identidade contemporânea.
Construída em um terreno que mede 7 por 22 metros, a malha estrutural foi desenhada de forma a liberar o térreo o máximo possível, o jogo de volumes resultou em uma viga de borda em concreto armado que corre em balanço por toda a lateral da casa medindo 14 metros. (Texto de Henrique Menezes)