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Arquitetos: Andrés Varela Cruces, Elías Martinez Ojeda, Ignacio de Souza López, Joaquín Mascheroni Fleitas
- Área: 215 m²
- Ano: 2013
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Fotografias:Elías Martinez Ojeda
Descrição enviada pela equipe de projeto. DESCRIÇÃO GERAL
A partir da planta baixa, é proposta uma configuração espacial utilizando três ideais: controle, filtro e suporte de relações intimistas e públicas na vida doméstica. A residência tira partido dos níveis intermediários como recursos de conexão. Ela se encontra por trás de um espaço que limita o muro da calçada, de onde é acessada a garagem ou, no sentido oposto, a sala de estar e continuando é possível subir um nível ou, em direção aos fundos, chega-se a churrasqueira e ao pátio.
No nível intermediário, localizada acima do espaço de estar, a cozinha controla a entrada e se torna um degrau de transição para a área privada da residência onde estão os dormitórios e banheiro. A laje superior inclinada cria o terceiro plano que cobre os espaços de altura simples e dupla ao mesmo tempo em que possibilita a criação de uma marquise.
A residência é composta a partir de pesquisas sobre a vida doméstica fazendo parte de um concurso anual de estudantes de arquitetura. Dessa forma, três abordagens são sintetizadas em diferentes escalas:
O Bairro
Uma área urbana intermediária, de uso predominantemente residencial, cujo gabarito geral não passa dos 9 metros de altura indicados no plano diretor. As empenas criam uma mímese com a situação do local, formando nas laterais a tradicional silhueta de duas águas. Duas escalas são vinculadas dando continuidade ao perfil construtivo do contexto, ao mesmo tempo em que, com o afastamento frontal, cria-se o espaço de acesso.
A Rua
O afastamento frontal de 4 metros está alinhado com as edificações existentes, tornando-se um espaço de encontro entre os vizinhos.
O canteiro, composto de plantas nandinas, procura redefinir o limite da edificação, convidando à uma pausa e favorecendo a relação de desnível da rua. O acesso inclina-se suavemente em direção ao interior em umas das laterais.
O muro fecha e delimita as distintas situações, próximas e distantes. Um silêncio em relação ao resto do bairro.
A Residência
Passada a entrada, o muro, protetor da intimidade da residência, contundente e massivo, flutua; suspendido pelas empenas e conforma assim, o espaço de transição para o interior que se adverte ao atravessá-lo.
Um espaço intermediário é projetado; mudo e vertical que se espalha em diferentes direções.
Atravessando a porta, a escada cria uma volta em direção ao coração da residência, chegando até a churrasqueira e o espaço de estar. A cozinha propõe a situação intermediária, articulando o público e o privado. Ela possibilita as vistas para a paisagem exterior e para o próprio terreno, cruzando os olhares entre os distintos âmbitos.
O memorial traça uma seqüência, o plano compacto molda os espaços interiores que suportam este percurso, conferindo atenção às direções, dimensões e conexões.