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Arquitetos: Miguel Pinto Guimarães Arquitetos Associados
- Área: 762 m²
- Ano: 2013
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Fotografias:Leonardo Finotti
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto da Casa JG começou com o local em si. Ao se aproximar por cima, nossa intenção era criar um grande jardim na parte superior, com a finalidade de fazer com que a construção desapareceria na paisagem e fazer com que funcionasse como uma ponte visual que conecta as ladeiras do vale que divide a terra de 350.000 metros quadrados.
Uma longa plataforma verde conecta o teto com a encosta de trás. Com 20 metros de largura, cobre o hall de entrada que se encontra na planta superior, onde se encontram todos os quartos.
A plataforma de plantas em forma de U cobre o terraço, a sala de jantar e o cinema da casa. O espaço vazio central, de pé direito duplo, é onde se encontra a sala de estar e o jardim de esculturas.
O conceito arquitetônico principal foi criar um terraço, também de 20 metros de largura, sem pilares. Os quartos da planta superior se projetam sobre essa galeria, sem nenhum apoio vertical. A ideia de integração da falta de pilares reforça a relação interior e exterior, conecta a sala de estar, o terraço e logo o próprio jardim.
A solução para essa questão de engenharia foi o uso da armadura Vierendeel. Utilizamos este tipo de armadura de aberturas retangulares na parte frontal e nas fachadas laterais. Esse é o esqueleto estrutural exterior da casa que nos permite ter no terraço os dormitórios na planta superior sem nenhum apoio. As treliças da armadura Vierendeel conectam a parte inferior e a viga de aço superior com os pilares finos verticais.
Um dos aspectos de maior destaque desta residência é a sala de estar central e o jardim de esculturas na parte inferior da casa, ambos com pé direito duplo e com parte do telhado envidraçado que levam luz natural aos interiores. Ambos lados da planta superior estão conectados por uma ponte de aço que cruza o teto e divide a sala de estar a partir do jardim. No jardim das esculturas encomendamos uma obra do artista brasileiro Ernesto Neto para uma instalação de arte de local específico.
Escolhemos para o acabamento, somente materiais naturais, especialmente o concreto aparente nas paredes, a madeira no teto e pisos de pedra e em alguns detalhes. Consideramos que os materiais naturais envelhecem bem, com dignidade, inter-atuando com a natureza e na velhice, que evidenciam a aceitação da arquitetura pela Natureza.
Nesse projeto, no desenho de interiores somente se trabalhou com os melhores designer brasileiros como Sergio Rodrigues, Hugo França, Zanini de Zanine, Maria Cândida Machado, Etel Carmona e Claudia Moreira Sales.