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Arquitetos: Chae-Pereira Architects
- Área: 1650 m²
- Ano: 2014
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Fotografias:Park Wansoon, Thierry Sauvage
Descrição enviada pela equipe de projeto. Chang Ucchin (1917-1991) foi um notável do período moderno coreano. Foi influenciado por pintores europeus anteriores à guerra, além de outras pinturas coreanas. O projeto do museu foi iniciado pela colaboração da Fundação Chang Ucchin com a cidade de Yangju, a 10 quilômetros de Seul. O terreno se localiza na borda de uma pequena montanha, no ponto de encontro entre dois rios.
Desde os primeiros dias da proposta do concurso, nós nos concentramos na concepção de um espaço específico que refletisse o próprio caráter da pintura, ao invés de produzir uma edificação de exposições "perfeita" genérica. Como a própria arte do pintor, nós evitariamos de propor um museu moderno ou uma imagem tradicional coreana. Ao invés disso, começamos a partir de algumas pinturas selecionadas, descrevendo imagens abstratas de quartos, paisagem e animais (tigre, pássaro, árvore e montanha), uma casa. Ambientes espalhados, em um padrão tradicional, seriam então soldados juntos para formar um corpo, flutuando em uma pintura como paisagem, com uma montanha ao fundo. A forma do edifício em si apresenta a ambiguidade de ser, ao mesmo tempo, uma figura animal, um sinal abstrato, uma casa tradicional e um labirinto.
O programa é organizado de forma simples em três níveis; um circuito em loop no pavimento térreo, que oferece, por vezes, vistas abertas ou vistas do declive ingrime da montanha, emolduradas por paredes de exposições lisas e tetos altos. O primeiro pavimento é uma sucessão de cômodos separados no sótão com uma semi-obscuridade que seria adequada para desenhos em papel e em pequenos formatos. O subsolo contém serviços, salas para seminários e armazenamento protegido. Todo o espaço interior dá a impressão de uma casa labiríntica onde você nunca ficará realmente perdido. Dispõe de sombras e pontos de vista contrastantes, evitando a sensação de estar em um espaço convencional de museu perfeitamente iluminado.
As fachadas são revestidas com painéis de extrudados de policarbonato, que foram escolhidos pela sua leveza sem costura. Caixilho branco e plástico, um estilo próximo ao da indústria agrícola local foi o caminho escolhido para evitar qualquer monumentalidade ou reverência oficial. A paisagem é organizada pela clareira já existente, a intervenção é mantida a um mínimo; algumas paredes e caminhos de concreto, a reciclagem das paredes restantes, a preservação dos grandes castanheiros que parecem prosperar sobre este lado da montanha, o velho lugar de piquenique mantido na costa do rio.