O Pavilhão dos Produtores é o maior e principal edifício do conjunto. O edifício é formado por uma repetição contínua de um mesmo elemento: uma abóbada de tijolo armado com dupla curvatura. São quarenta e uma abóbadas intercaladas por aberturas de iluminação.
O edifício mede duzentos e oitenta metros de comprimento por quarenta e cinco metros de largura. A cobertura do edifício é composta trinta e nove abóbodas. As abóbadas são idênticas e vencem o vão correspondente à largura do pavilhão. Em cada frente, uma abóbada formalmente diferenciada marca as duas entradas do edifício cuja altura do arco no sentido do vão é de seis metros e meio.
As abóbadas são executadas em tijolo armado. A dupla curvatura de cada abóbada mensura, em planta, sete metros; a altura máxima da dupla curvatura mede quatorze metros.
No interior do edifício, as ondulações sucessivas das abóbadas se destacam enfatizadas pela iluminação natural. A iluminação adentra o recinto por entre as curvas através de aberturas que tem altura máxima de oito metros. Os tijolos estão assentados de maneira que a face maior fica aparente.
As abóbadas apoiam-se em pilares perimetrais dispostos a cada sete metros. No exterior das duas faces laterais, há um corredor elevado que se estende por todo o comprimento do edifício, e é protegido por uma laje de concreto aparente em balanço ligeiramente inclinada, configurando uma calha sobreposta às paredes laterais.
Os outros blocos que se destacam na implantação –os Pavilhões dos Comerciantes– são idênticos. Cada um dos dezessete blocos apresenta cem metros de comprimento por trinta metros de largura. São cobertos por vinte abóbadas autoportantes de curvatura simples, posicionadas a cada cinco metros. Não há aberturas entre elas. A iluminação se dá pela própria abertura lateral arqueadas das abóbadas.
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Arquitetos: Carlos Maximiliano Fayet, Cláudio Luiz Araújo e Carlos Eduardo Comas; Carlos Maximiliano Fayet, Cláudio Luiz Araújo e Carlos Eduardo Comas
- Ano: 1970