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Apresentamos a seguir o projeto de Anna Juni, Gustavo Delonero e Enk te Winkel, premiado com o segundo lugar no Concurso Nacional para o Anexo do BNDES, promovido pelo próprio Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Os participantes do concurso tinham como objetivo propor um edifício anexo à edificação existente, localizada no dentro do Rio de Janeiro.
O domínio da técnica e a transformação da natureza existente fizeram-se necessários para o desenvolvimento urbano do Rio de Janeiro. Ao longo do tempo diversas ações como cortes de terra, aterros, desmontes e drenagens transformaram a natureza contemplativa, construindo sobre ela uma outra paisagem, por e para o homem.
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A área de intervenção é um resíduo topográfico de significativa importância simbólica para a cidade. Na década de 50, a subtração de grande parte do solo do Morro Santo Antônio permitiu a criação de um dos mais importantes espaços públicos da cidade, o Aterro do Flamengo. Do desmonte salvou-se uma porção do morro onde estão localizados o EDSERJ, sede atual do BNDES, e alguns patrimônios históricos como as casas da Rua da Carioca, o Convento de Santo Antônio e a Igreja de São Francisco.
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Diante a demanda de inserir um novo elemento neste contexto singular, preocupava-se em afirmar o morro enquanto território. Um corte vertical no terreno seguido da implantação de um sólido desconexo conformaria uma barreira entre o morro e a Avenida República do Paraguai. A fim de evitar essa ruptura foram implantadas três lâminas que, intercaladas por vazios, preservam a permeabilidade visual e a leitura da cota original do morro ao pedestre. Os espaços internos também foram beneficiados pela solução que possibilitou uma maior incidência de luz natural e o uso da ventilação cruzada nos pavimentos tipo.
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Visando a incorporação das lâminas ao morro, deu-se sequência ao raciocínio da construção de uma topografia habitável, colocado anteriormente pelo EDSERJ. As lajes escalonadas, como se fossem curvas de nível, conformam terraços-jardins que funcionam como verdadeiros espaços de descompressão entre as áreas de trabalho.
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Sob as lâminas, no embasamento do edifício, foram locados os programas de caráter mais público. O desnível frontal do terreno culminou no desdobramento do térreo em dois pavimentos, permitindo o acesso do pedestre em nível com a calçada. Para afirmar a qualidade pública destes pavimentos, o desenho do piso concebido por Roberto Burle Marx presente na calçada adentra o edifício. No térreo superior também fora prevista uma conexão pública com a Avenida República do Chile, de modo a garantir a permeabilidade e a generosa relação com a cidade já presentes no EDSERJ.