- Área: 425 m²
- Ano: 2013
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Fotografias:Peter Bennetts
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Fabricantes: Studio Bagno
Descrição enviada pela equipe de projeto. Nosso desafio para a Residência Pittwater foi criar uma casa na praia destinada a um casal de aposentados, que fosse suficientemente grande para que toda a família, incluindo filhos e netos, pudesse ser acolhida com comodidade. O caráter da casa seria uma reminiscência das primeiras residências de Palm Beach, com uma base de pedra e um revestimento de madeira acima.
O terreno está localizado na estreita faixa de terra que se estende entre a cordilheira Palm Beach e Pittwater. Essa geografia peculiar faz com que a residência possua duas fachadas frontais, uma em direção a rua, ao longo da Barrenjoey Rd e outra em direção a praia, na orla de Pittwater.
Além dos requerimentos básicos do projeto e das particularidades do terreno,três considerações principais formam nosso marco conceitual:
• Como trabalhar com as diferentes escalas que o programa contemporâneo apresenta sendo a casa de praia como ponto de encontro de várias gerações - uma característica que frequentemente faz com que a residência seja reinventada, até que não tenha mais nada em comum com as pequenas casas de final de semana;
• Como criar limites arquitetônicos que possam conectar-se com a geografia de Pittwater, e ao mesmo tempo sejam capazes de proporcionar uma privacidade total para as fachadas públicas, em direção à rua (leste) e à praia (oeste);
• Como encontrar uma expressão contemporânea distinta da linguagem vernácula de pedra e madeira da casa de praia.
Nossa estratégia foi dividir a residência em dois pavilhões idênticos um voltado para a rua e outro para a praia, conectados através de um elemento de pé-direito duplo, que acomoda a cozinha e a sala de jantar. Esse gesto formal, dentro das condições especificadas pelo plano diretor, faz com que o tamanho perceptível seja um pouco mais da metade do que realmente é, quando vista desde o espaço público da rua ou da praia.
Em resposta ao desejo por privacidade, sobretudo na fachada direcionada à praia, desenvolvemos um grande beiral caracterizado por uma fachada automatizada, que empresta a tecnologia funcional dos muitos barcos que ficam próximos à praia. Através de um sistema de cabos estabilizadores de aço inoxidável, a fachada pode ser aberta ou fechada conforme a necessidade, proporcionando infinitas combinações de sombra, exposição e privacidade em relação a orientação oeste e as vistas a Pittwater.
Ao criar o caráter tectônico da obra, a intenção foi conferir a cada um dos dois materiais utilizados - madeira e pedra - sua própria qualidade monolítica distinta para realçar o simples jogo de camadas da casa vernácula. A qualidade da pedra foi desenvolvida de forma cuidadosa, através da utilização de beirais espessos.
As características da madeira foram esmiuçadas através de uma relação cuidadosamente orquestrada dos elementos de madeira, onde não havia distinção visível entre o revestimento de madeira reciclada e o sistema de telas, portas e janelas.