- Ano: 2014
Descrição enviada pela equipe de projeto. Conforme a jovem cidadã urbanista decidia voltar para sua cidade natal para assumir o legado agrícola familiar, ela pediu por um espaço para o cuidado do seu cavalo. (Localizado em uma propriedade agrícola remota no sul de Maiorca, esta estrutura foi a realização de seu sonho.)
O projeto mantém o foco no ritual de auto-limpeza, tanto mental quanto corporal. Aprendendo com a importância e formalidade da preparação do cavalo antes e depois de montá-lo, o projeto tem a intenção de ganhar de volta o tempo dedicado a si mesmo que os tempos modernos tem tirado.
O procedimento cerimonial começa com o ritual da chegada equestre. O cavalo é posicionado e preparado ao lado do tanque de água e manjedoura. Em seguida, uma peregrinação em frente à passarela de madeira elevada leva à ascensão através de um portal para o refúgio solene. O santuário elevado não prioriza ser um abrigo do ambiente, mas sim visa refugiar o morador da cidade da ordem social para lembrar e louvar as condições de seu entorno selvagem. Esta frágil fortaleza, mantém isolado quem a utiliza, mas também permite uma impressão atenuada dos arredores. Em contraste com o cotidiano urbano do cliente, a presença no interior do santuário elevado não fornece impulsos, exceto o interno.
Situado no centro de um campo de cevada cercado por arbustos autóctones e oliveiras selvagens, a estrutura garante uma vista panorâmica para o Mar Mediterrâneo e torna a exuberante ilha de Cabrera perceptível no horizonte.
O espaço mínimo (3x3 metros), funciona como um retiro de preparação para uma pessoa. A estrutura, feita por armações de madeira local, eleva o casulo para ter vistas exclusivas, enquanto passa uma sensação de privacidade translúcida ao usuário. Camadas de tecido branco são entrelaçados em todo o interior para garantir diferentes opacidades para cada uso específico. A sutil introversão da estrutura incentiva o usuário a fazer uma pausa da loucura contemporânea, e centrar-se na higiene mental e corporal individual. Com importância para as qualidades meditativas (não cosméticas) da preparação, o espaço inspira o usuário a dedicar um tempo para a reconexão da mente com o exterior.
