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Arquitetos: Diana Radomysler, Samanta Cafardo, Studio MK27 - Marcio Kogan
- Área: 679 m²
- Ano: 2013
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Fotografias:Fernando Guerra | FG+SG
Descrição enviada pela equipe de projeto. A Casa Redux localiza-se no interior de São Paulo, Itatiba, no condomínio chamado Quinta da Baroneza. O terreno aberto, em declive e com vista para o poente faz limite com uma grande área de preservação ambiental de mata nativa, o que determinou tanto a implantação como o partido da residência.
A casa foi locada na cota mais alta possível, respeitando as curvas de nível existentes para, dessa forma, ganhar a vista para o por do sol e para a vegetação com o menor impacto do projeto no entorno.
O projeto constitui-se por uma laje de piso, quatro caixas programáticas e uma laje de cobertura. Externamente à laje do piso surge um grande volume de concreto, piscina e deck, que se projeta ao longo do declive do terreno e termina flutuando através de um pequeno, porém marcante, balanço.
A laje do piso, elevada 50 cm do solo, apoiada em vigas recuadas, intensifica a forma delicada em que o projeto foi implantado no terreno. Visualmente, a casa parece flutuar. O programa foi dividido em quatro blocos programáticos. O primeiro bloco contém a área íntima (quatro dormitórios e sauna), o segundo somente a suíte principal. No terceiro está contida a área de serviço (cozinha, lavanderia, sala, banheiro e quartos dos empregados). Por fim, no último bloco, a garagem e a área técnica.
A distribuição dos blocos na laje do piso criou espaços intersticiais, configurando assim circulação, varandas e o grande espaço da sala de estar. Este último, envolto por uma pele de vidro com folhas de correr, abre-se criando um diálogo entre o interior e o exterior (mata nativa e o poente). A laje de cobertura, do mesmo tamanho da laje do piso, sobrepõe-se aos volumes programáticos que, pelas diferentes alturas, ora tocam cobertura, ora têm seu pé direito reduzido. Os vazios entre os volumes e a laje criam um ritmo interno e, ao mesmo tempo, possibilitam melhor iluminação natural no interior da construção.
Os dois principais volumes que compreendem os dormitórios são totalmente revestidos por painéis ripados verticais de madeira que se abrem quase que totalmente. De dia, os painéis filtram a luz no interior da casa criando uma textura de luz e sombra e, à noite, transformam as caixas em grandes lanternas que iluminam o terreno.
Assista o vídeo produzido por Pedro Kok e Gabriel Kogan para Bienal de Veneza 2014 sobre este projeto aqui.