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Arquitetos: Alexander Diem
- Área: 630 m²
- Ano: 2014
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Fotografias:Andreas Balon
Descrição enviada pela equipe de projeto. Cerca, jardim, fachada de treliças de madeira estilo mudéjar, parede exterior, salões sociais, dormitórios privados; quanto mais adentra-se à obra, mais privada e aconchegante ela se torna. A privacidade é o tema central dessa residência unifamiliar localizada nas proximidades de um lago. Em tempos onde, supostamente, já não se conhece a privacidade, o volume celebra a transição do público ao privado. O valor designado e a hierarquia resultante de espaços, derivam diretamente do tempo de permanência em cada um deles. A escada, por exemplo, é uma área que se reduz a mera necessidade em relação a altura do pé-direito e o espaço da planta. Por outro lado, as salas de estar foram generosamente desenhadas com pé-diretos de até 5,6 metros. Planos arredondados definem uma contraposição à arquitetura racionalista de costume, o que cria uma sensação de segurança.
A distinta fachada de madeira reflete os padrões rústicos da região. Com painéis fechados, as formas recortadas simbolizam o alimento e a colheita. Os painéis são variáveis e podem estar abertos ou fechados, conforme a necessidade. A função da fachada, não é somente de proteção solar, mas também permite controlar o grau de privacidade desejado. Ao mesmo em que oferece possibilidades para o descanso e a intimidade, a casa, de nenhuma maneira está isolada do seu entorno: a residência junto ao lago responde ao contexto da sua implantação, integrando-a com as necessidades universais dos seus habitantes.
A arte como parte integral da arquitetura
A arte na arquitetura, que tem sido durante muito tempo uma prática comum no setor público, foi desenvolvida aqui por Alexander Diem, em um projeto privado. Uma peça do artista Nick Oberthaler está integrada no piso do terraço, assim como a elaborada porta principal, feita pelo artista Plamen Dejanoff que faz referência às pesadas portas das casas históricas do país. Ambos artistas são representados pelo galerista com sede em Viena, Emanuel Layr, quem Alejandro Diem convidou como consultor de arte, ainda na fase de planejamento da obra, estabelecendo assim um modelo a seguir. Este é um caso especial, já que normalmente, a arte somente entra em cena após a finalização da obra.