Descrição enviada pela equipe de projeto. A cidade de Pärnu também é conhecida como a capital do funcionalismo estoniano. É lar das joias mais notáveis do funcionalismo da Estônia dos anos 1930 - o Rannahotell (o hotel da orla), Rannahoone (o edifício da praia) e uma série de casas funcionalistas do mesmo período. Desde os anos 1970, Pärnu foi enriquecida com uma abundância da nova arquitetura neofuncionalista, que dá à cidade sua aparência característica.
Este Edifício de Apartamentos está localizado numa das extremidades do Parque da Orla, entre um complexo de spa e bem estar e um conjunto de casas unifamiliares (projetadas por Kalle Vellevoog em 2000-2003).
Os 47 apartamentos são prioritariamente de uso sazonal. As galerias que levam aos apartamentos são como ruas internas, mas com a temperatura externa. Todo edifício está meio nível elevado para acomodar um estacionamento por baixo e proteger os apartamentos de possíveis inundações. Uma grande rampa de concreto que leva ao hall de entrada pode ser utilizado como uma plataforma de ancoradouro de barcos em tempos de enchentes.
O edifício acompanha a rua ladeada de cedros, mas de repente se dobra e se eleva para se abrir às vistas do parque. A extremidade elevada também fecha a vista do pátio privado em relação às casas vizinhas.
Passando por baixo da esquina elevada do edifício, os visitantes podem ver um pátio interno com que reflete as superfícies multicoloridas que envolvem uma árvore de macieira que cresce no pátio.
À medida que a noite cai, as luzes por trás dos vidros do pátio interno se acendem, e todo espaço fica repleto de luz.
As longas cortinas brancas esvoaçantes ao vento dão privacidade aos moradores em duas varandas, mas quando a noite cai e as luzes dos apartamentos se acendem, estas cortinas se tornam telas de um teatro de sombras, onde vultos permanecem anônimos, mas ainda assim dão uma ideia do que acontece por trás delas.
Sub-Estrutura
O edifício está localizado muito próximo ao mar, onde o solo permanece relativamente pobre e o lençol freático é bastante superficial. Por isso, a garagem de estacionamento no porão tinha de ser bem isolada e impermeabilizada.
Estas condições levaram à escolha de uma fundação que suportasse a superestrutura e em baixo do pátio interno, onde o peso da estrutura não é suficiente para equilibrar as forças hidráulicas do solo; os pilares funcionam como uma âncora para a estrutura.
Super-Estrutura
Para a super-estrutura foi empregado um sistema de paredes reforçadas moldado in loco, combinado com vigas pré-fabricadas e lajes alveolares.
Como a parte em balanço da estrutura na esquina sudoeste do edifício está apoiada numa coluna em forma de 'V', o balanço foi projetado como uma grande caixa de concreto armado possuindo a altura de um pavimento.
As varandas externas e as galerias em torno do pátio interno teriam que ser as as estruturas de concreto mais finas possível e teriam que ser isoladas do resto da estrutura principal por questões de isolamento.
As estruturas em treliças metálicas horizontais com cabos ao redor do pátio interno e da ponte sobre o pátio apoiam a parede de vidro contra as cargas de vento e se tornam o guarda corpo e corrimão das pessoas que circulam na galeria.