- Ano: 2008
Descrição enviada pela equipe de projeto. Concepção e planejamento da construção de júri, equipamento técnico: Arquitetos Sieber + Renn, Sonthofen, Alemanha
A rampa olímpica de esqui em Garmisch-Partenkirchen é uma das instalações mais renomadas de seu tipo, tendo sido sede da competição de salto de esqui por 55 anos, como parte do Torneio Internacional dos Quatro Saltos. Agora, após a estréia antecipada em Janeiro de 2008, o novo complexo esportivo, desenhado pelo jovem escritório de Munique do Prof. Klaus Loenhart e Christoph Mayr, terrain: loenhart&mayr architects and landscape architects, foi oficialmente inaugurado em dezembro desse ano.
Devido a uma atualização requerida da rampa para as normas técnicas avançadas da Federação Internacional de Esqui (FIS), a construção de uma rampa de salto inteiramente nova era inevitável. Entre os projetos de Zaha Hadid Architects, Behnisch Arquitetos e outros, num concurso internacional de arquitetura no outono de 2006, chegou-se à decisão de erigir uma estrutura em balanço como o novo marco no vale de Garmisch-Partenkirchen. Durante o projeto, o escritório inspirou-se na topografia local do monte Gudiberg.
As linhas da nova rampa são uma interpretação das linhas curvas suaves da cadeia de montanhas. Através de sua integração e estética linear das linhas ondulantes, o novo projeto une os aspectos funcionais, incluindo pontos de acesso e entrega, formando uma construção dinâmica conectada à paisagem. O objetivo era desenvolver uma arquitetura topograficamente enraizada para a nova estrutura, o que significa trabalhar num modo dialético: integração topográfica liga-se à expressividade escultural, dando à nova estrutura sua aparência característica única. Ao mesmo tempo, sua impressão arquitetônica e dinâmicas formais também sugerem associações com o risco e a aceleração do esporte de salto de esqui.
A busca de superar a gravidade, intrinsecamente ligada com saltos de esqui, é arquitetonicamente expressa através do grande balanço estrutural. Na estrutura linear de mais de 100 metros de comprimento, atletas, treinadores, representantes da imprensa e visitantes podem subir os 332 degraus da "escada de Jacó" para chegar aos três pavimentos de competição.
Alternativamente, e menos árduo, as plataformas também podem ser acessadas pelo elevador diagonal recém-desenvolvido. Atletas apelidaram a nova instalação de "Balanço Olímpico"(Olympic Cantilever). O projeto é também uma inovação. O salto é praticamente independente das intempéries do tempo no inverno, devido à sua mínima exigência de volume de neve e demanda de energia. Graças à faixa termoplástica adicional, o salto pode ser utilizado no verão, sem ter de ser convertido.
Toda a estrutura é coberta com elementos de policarbonato translúcido, cuja aparência altera-se com a luz do dia e a respectiva iluminação. Durante o dia, o novo salto forma uma unidade harmoniosa com a paisagem circundante. Luzes e sombras sobre os painéis brancos estabelecem uma relação sugestiva com a paisagem do inverno. Após o por do sol, a luz artifcial ilumina o corpo arquitetônico desde o interior, transformando o edifício em uma escultura iluminada que é visível até mesmo a uma grande distância no vale de Garmisch-Partenkirchen.