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Arquitetos: AmreinHerzig
- Área: 320 m²
- Ano: 2013
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Fotografias:Lucas Peters
Descrição enviada pela equipe de projeto. A discreta rotação, comparada com os longos volumes das residências adjacentes, e sua forma poligonal conferem a torre as características de um grande monolítico de apartamentos de maior autonomia, beneficiando assim, sua relação com os dois edifícios vizinhos do outro lado da rua. Isto cria um ambiente de cidade pequena, o espaço da rua ampliado até as entradas dos edifícios que estão alinhados.
O regimento local permite um loft, mas com grandes limitações. Como era de se esperar, o terraço possui a melhor condição espacial de toda a construção, sendo assim impossível não aproveitar este espaço, apesar das dificuldades que implicava uma construção tipo loft. A medida incomum foi então tomada inicialmente utilizando estudos volumétricos para encontrar uma solução escultórica satisfatória que incluísse um sótão.
A forma básica do edifício residencial e do estúdio explora ao máximo o espaço disponível no terreno. O volume quadrangular se dissolve no sótão, onde os dois blocos ocupam as esquinas opostas. Isso confere à forma um grande efeito vertical e cria o mesmo efeito escultórico básico em todos os lados. As plantas são divididas em quatro seções utilizando paredes divisórias volumosas que se adaptam a todos os usos auxiliares, incluindo as escadas. As camadas espaciais disponíveis definem as habitações principais, que se fundem umas com as outras e estruturalmente se abrem a cada um dos lados exteriores, alternando-se em cada pavimento. Este princípio se aplica a todo o edifício e dá lugar a uma estrutura monolítica global coerente feita em concreto aparente.
Os residentes podem utilizar uma ampla gama de habitações aparentemente idênticas. À elas, são conferidos usos específicos dependendo do seu alinhamento, condições de luz solar e acessos. A experiência espacial dentro do edifício se define pelas relações visuais diagonais e pela presença direta do espaço exterior, por cima dos painéis de vidro, encaixados sem esquadria e de grande altura. A cobertura industrial confere ao concreto aparente uma superfície quase brilhante. Combinada com vidro, a fachada cria uma superfície materializada, ambivalente que confere ao edifício uma expressão deliberadamente inacessível. Durante o dia, o efeito é reforçado pelo reflexo do entorno nas aberturas. Durante a noite, com a luz artificial, as aberturas podem ser lidas como marcações espaciais, consolidadas através da estrutura interna.