Descrição enviada pela equipe de projeto. Localizada em um bairro residencial de topografia acidentada na região metropolitana de Córdoba, a Casa SZ foi projetada a partir das possibilidades e limitações destes novos loteamentos em áreas suburbanas. Neste sentido, o terreno, que por sua condição resultou fundamental na estratégia projetual apresenta uma significativa inclinação que o atravessa diagonalmente no sentido norte-sul, tendo a rua de acesso na sua cota mais baixa. O projeto se localiza na cota superior do terreno com o objetivo de obter um domínio privilegiado da paisagem, orientar os espaços corretamente garantindo um bom isolamento e otimizando os espaços livres do terreno.
O projeto pretende estabelecer uma exploração espacial-estrutural sobre um programa tradicional resolvido em íntima relação com o terreno. Neste sentido, as características do terreno provocam um escalonamento de níveis deslocados diagonalmente onde surge uma estrutura triangulada que define a estratégia projetual de toda a construção. A geometria da triangulação não apenas outorga um funcionamento otimizado à estrutura da cobertura, mas também unifica os diferentes espaços imprimindo uma certa diagonalidade à eles.
A estratégia utilizada pode ser compreendida a partir de um diagrama estrutural triangulado que se replica em alguns dos pavimentos e gera um contraponto com os espaços internos de geometria ortogonal que correspondem aos três módulos concatenados que naturalmente separam o programa em zonas. As regras de jogo sobre as quais se desenvolvem todas as decisões projetuais derivam desta ordem geométrica que dispõe de uma liberdade "contida" que evita qualquer decisão arbitrária sobre a obra. Até mesmo as ampliações a serem realizadas no futuro estão inscritas sob esta lógica.
As relações internas das diferentes áreas estão dispostas de forma fluida e contínua, se projetando ao exterior através de uma galeria que se desenvolve ao longo de toda a fachada, agindo como filtro climático e transição entre o exterior e o interior da casa. Por outro lado, a expressão sintética desta construção semelhante à um pavilhão e sua inserção natural na paisagem tentam transmitir uma certa serenidade ao entorno.
A materialidade da casa se resolve materialmente a partir de uma base e paredes portantes tratados como uma superfície branca monolítica em contraste com a cobertura metálica triangulada formada por perfis e forro de madeira. Esta dualidade construtiva se transporta ao exterior através do caráter "orgânico" do embasamento que se adapta ao terreno e sobre a qual se apoia a cobertura que destaca a racionalidade e artificialidade da construção na paisagem.