Centro Cultural e Esportivo / BRUTHER

Curadoria de ArchDaily

Arquitetos: BRUTHER; BRUTHER
Área: 1300 m²
Ano: 2014

Descrição enviada pela equipe de projeto. Mesmo que a área de Saint-Blaise possua a maior densidade da Europa, ela não possui muita diversidade de atividades, arquitetura, populações, usos, o que poderia ser definida como um bairro urbano e sustentável.

Localizada próxima a rua des Pyrénées e a rua des Maraîchers, vetores de atividades, a área de Saint-Blaise não segue esta dinâmica, e portanto representa um enclave. Construções altas com geometrias complexas, em sua maioria dos anos 70 e 80, materializa o contorno de uma arena fechada com um grande vazio público, um local ideal para atividades e interações. Nesta área, onde da densidade, enquanto a sustentabilidade é opressiva, este grande vazio representa um valoroso recurso para unificar e revelar.

Parte de uma dinâmica lançada pelo Grand Projet de Renouvellement Urbain (projeto de renovação urbana), o futuro centro cultural e esportivo leva em conta estas condições específicas e assim reage.

COMPACIDADE /// Uma arquitetura de referência

Compacto, o projeto torna-se referência em seu denso bairro; economiza o espaço, um verdadeiro recurso na área, e é desenvolvido verticalmente, enquanto respeita as distâncias necessárias e respeitosas com as edificações em seu arredor. No eixo da rua Mouraud, a localização permite ao novo centro que se beneficie de excelentes condições solares e oferece muitas vistas da rua para o pátio, espaço público generoso, com verdes, invisíveis até agora.

TRANSPARÊNCIA /// Uma arquitetura de ligação

Transparente, o projeto torna-se uma elo que estabelece novas perspectivas e cria relações entre as diferentes instalações do bairro, devido a sua localização e materialidade. Esta rede de instalações (enfermaria, escola...) na qual o centro faz parte, é ligada por um grande espaço público. Através da transparência e porosidade de seu hall urbano, o centro convida, acolhe e liga as populações com os usos. Ao longo de quatro fachadas, o projeto oferece um leque de materialidades, mais ou menos transparente, em relação com as diferentes atividades. Adaptando o envelope do edifício para funções e necessidades específicas, expondo os novos usos à seus habitantes; e durante a noite, brilha e ilumina seu ambiente, dando suporte à renovação da atratividade do bairro.

FLEXIBILIDADE /// Uma arquitetura sustentável

Flexível, o novo centro é pensado como uma arquitetura sustentável. Por um lado, o projeto responde às funções mas não as interrompe; de forma intependente da parede-cortina, sua estrutura de concreto carrega uma série de plantas livres, distribuídas em relação a um núcleo. A generosidade como denominador comum de todos os espaços, para permitir uma reinterpretação e reforma, seguindo evoluções de usos e necessidades.

UMA SOBREPOSIÇÃO DE ESPAÇOS, AMBIENTES E CLIMAS ///

Em um volume compacto, o projeto agrega uma grande variedade de funções, espaços, usos, relações com o exterior, materiais...e os demonstra em um bairro onde não há este tipo de diversidade. Em um volume único, com fachadas ligeiramente curvas, expressando a sobreposição de diferentes funções em elevação, com tiras cercando a edificação. Cada parte deste conjunto, cada camada desta estratificação, oferece suas próprias qualidades e características; em detalhe através da rota cambiável e contrastante do centro.

Protegido pela configuração do estilo das construções ao seu redor, o projeto torna-se uma nova polaridade, um local de convergência; ele atrai e reúne dinâmicas urbanas, o projeto reluz e reflete, habita e articula um espaço público, revelado e devolvido para seu bairro.