Competição:Museu Guggenheim Helsinki
Premio:
Projeto:
Autores:Guilherme Lemke Motta, Carlos José Dantas Dias, Lucas Fehr, José Eduardo Calijuri Hamra, Érica Cristina Fernandes Paiva, Kemelly Mywa Uehara, Pedro Lindenberg Motta, Stephanie Novaes Beirão, Manon Alexia Arbues Decoster e Carlos William Vieira Rodrigues, Marcelo Sandro de Oliveira, Luís Sequeira
Apresentamos a seguir a proposta do escritório Estudio America para o concurso Museu Guggenheim Helsinki, o maior concurso de arquitetura da história, com 1.715 projetos inscritos. Veja a seguir algumas imagens e a descrição da proposta pelos autores.
Dos arquitetos: As aproximações ao sítio do novo museu consideram a situação privilegiada destinada ao Guggenhein Helsinki, entre a cidade, o mar, o cais do porto, o velho mercado e o Tähtitornin Vuori Park, com vistas para água, paras as docas e os landmarks. Realizou-se uma cuidadosíssima leitura para a sua implantação, integrando-o harmoniosamente a esse conjunto.
A altura do novo edifício respeita as visuais para o mar e vizinhanças. A intervenção conecta as várias atividades humanas no entorno. Criou-se um recinto para o Museu, a partir do posicionamento de um maciço que acomoda as funções administrativas e organiza, através de um promenade elevado, os fluxos de conexão do porto com o mercado, além do acesso de veículos, com todas as facilidades de cargas e descargas ali organizadas. Passarelas articulam o parque no alto com o cais junto ao mar, tornam-se mirantes, e percorrem o interior do Museu, proporcionando uma inversão que introduz o espaço público no cerne do um espaço museográfico, uma ‘avant-première’ das exposições, um convite ao público para conhecê-las em detalhe.
Uma cobertura suavemente desenhada, tal qual um lençol, gera a proteção necessária aos espaços interiores, e organiza os vazios exteriores unidos por um passeio de contemplação à beira-mar: uma praça de abeiramento da cidade ao mar; outra menor, de acesso ao Museu, à loja e a um pequeno café; e a praça do café, que encerra uma arquibancada para os festivais de verão no blackbox, espaço múltiplo de apresentações, então aberto ao exterior.
Desde o interior, uma abertura em fita, proporcionada pela aproximação da cobertura ao chão, desenha uma visão panorâmica do mar. As exposições saberão tirar proveito deste interlúdio com o sítio. Outras vistas, controláveis por blackouts, também são direcionadas às novas praças, à cidade e ao alto do parque.
Para o espaço expositivo, um grande saguão, com possibilidades infinitas de organização e compartimentação, no qual varas cenográficas descem do teto e permitem o pendurar de exposições e o rebaixamento do forro. Esse salão permitirá todas as apropriações artísticas, exposições, instalações, eventos, happenings. Sua organização, se assim desejado for, em espaços menores, é facilitada pela estrutura, com poucos pontos de apoio. Soma-se a este espaço o mezanino, que organiza o espaço interior e permite exposições em caráter mais intimista.
O Museu estará apto a receber as mais avançadas técnicas de harmonização com o meio-ambiente. Para a captação de energia considera-se a área da cobertura. Todo o sistema de drenagem deverá ser encaminhado para a reciclagem de água. O Museu recebe farta iluminação natural, lateral e zenital, porém protegida de insolação direta e passível de controle. Deverão ser adotadas políticas de reciclagem de seu lixo e resíduos materiais de exposições.
Os materiais construtivos utilizados deverão ser certificados, e, sempre que viável, recicláveis. Adota-se extensamente a madeira, tanto em revestimentos quanto na estrutura, onde seu emprego refletirá o mais alto nível de desempenho tecnológico. Muros de concreto ciclópico utilizados em diálogo com as pedras do o Tähtitornin Vuori Park deverão utilizar materiais reaproveitados.