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Arquitetos: Camilo Rebelo + Susana Martins
- Área: 950 m²
- Ano: 2014
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Fotografias:Claudio Reis
Descrição enviada pela equipe de projeto. A ideia principal do projeto foi baseada em dois elementos: as paredes existentes, em diferentes níveis, e as plataformas criadas por essas paredes. As elevações dos dois níveis da casa são linhas quebradas que foram criadas como continuação das paredes existentes no terreno. A topografia ajuda a dissimular a casa.
Ktima, em grego, significa fazenda ou pedaço de terra fértil. O terreno do projeto possui declives acentuados, bastante verde e algumas árvores que são uma exceção no contexto da Ilha de Antiparos.
Ordem e caos podem ser encontrados na civilização grega ao longo dos tempos, inclusive atualmente. Nos interessamos por estes aspectos e ambos fizeram parte do conceito desta casa.
No território podemos perceber essa construção de duas maneiras diferentes. De cima, na área do acesso principal, vemos uma linha branca e abstrata de espessura, que se adapta à topografia e às necessidades interiores. Por outro lado, olhando a partir do mar, descobrimos a fachada com uma composição figurativa, contínua e aparentemente fragmentada, que nos remete a uma antiga fortaleza.
O processo de arquitetura é muito complexo na maioria das vezes e as pinturas de Palazuelo também foram referências relevantes para esta casa.
Nos regulamentos de construção da Grécia, os volumes não podem ser superiores a dez metros de comprimento e esta regra dita o ritmo das composições, sempre relacionados com os espaços interiores. Todos eles possuem um distinto enquadramento paisagístico e variam na quantidade e intensidade de luz. Com base em um programa grande, decidimos dividir a casa em dois níveis: o nível de entrada que é a casa principal e o nível mais baixo, que é a área de dormitórios e serviços. A casa foi construída seguindo a tradição de construção local e os regulamentos da ilha, que foram determinantes para a sua expressão.
Sustentabilidade
Esta casa possui uma condição particularmente favorável do ponto de vista sustentável: o telhado verde garante com eficiência uma temperatura constante no interior, sem a necessidade de sistemas de refrigeração mecânica. Na parte posterior da casa, incorporamos alguns pátios que são extremamente importantes para a ventilação de ambos os níveis. Assim, procuramos utilizar elementos simples de arquitetura para alcançar um baixo consumo de energia.
Originalmente publicado em Fevereiro 27, 2015