Mais massa não significa menos luz...
O terreno está ao sul de Lima, onde a natureza coloca a casa dentro de uma paisagem desértica, rodeada de dunas e orientada para o horizonte. Trabalhar num cenário como este, longe da cidade, nos faz pensar em como deveríamos afrontar o posicionamento desta nova matéria dentro de uma paisagem virgem.
O volume é levantado sobre um embasamento de pedras locais, até encontrar um nível que permita aproveitar as vistas ao entorno. Por sua vez, separamos a área mais privativa da casa num primeiro nível muito fechado e a área social mais pública na cobertura.
A partir destas operações surge um pátio central que ajuda a organizar toda a casa e que é o espaço para olhar ao céu. Diferente dos diversos ambientes que emolduram distintas partes do terreno em sua orientação oeste-sul-norte.
A casa é fechada em seu acesso por duas grandes paredes brancas, permitindo uma porta central monumental com três metros de altura, que ao ser aberta, descortina o horizonte.
Esta pedra é branca e são os enquadramentos da paisagem, as roupas das pessoas e a luz, que dão cor ao espaço. A pedra foi talhada com muito cuidado e precisão, querendo dar com cada perfuração um olhar que não é compreendido desde seu exterior.