-
Arquitetos: Pietri Architectes
- Área: 4300 m²
- Ano: 2014
Do croqui à finalização
A obsessão de sempre ser capaz de ver o mar de onde quer que estejamos dentro da residência orienta nossos primeiros desenhos e nunca deixa de inspirar a forma da edificação. Como tal, a composição do Redline não poderia tolerar um único bloco sólido, que se tornaria um obstáculo e impediria que a metade das 59 unidades habitacionais tivessem vista para o mar. Usando este estudo do terreno como ponto de partida, e estabelecendo a vista ao norte, onde está a Baía de Toulon, desenhou-se um edifício que se divide em dois ao longo de um pátio que vai de leste a oeste.
Esta organização espacial leste/oeste outorga uma multiplicidade de comodidades, com apartamentos que possuem ambos pontos de vista posterior e frontal e um pátio ao ar livre desenhado para ventilar e tirar o máximo proveito da vista. O mirante, uma espécie de janela socialmente aceitável na cidade, serve como ponto de observação.
Cada século possui seu período de reconstrução. Vinte e cinco anos depois do fechamento dos estaleiros (1989), La Seyne-sur-Mer está experimentando uma requalificação real a fim de diversificar suas atividades, em particular o turismo de praia. Este desenvolvimento econômico fomenta ao complexo Var, reconstruindo seus terrenos baldios e restaurando seus espaços urbanos na costa, ao longo da qual está o esplêndido passeio Toussaint-Merle.
O Redline - 59 apartamentos, de lofts até apartamentos com 5 salas - é uma parte deste renascimento urbano. Orientado em direção a Toulon e a Baía de Vignettes, um dos maiores da Europa, o Redline está ajustado levemente atrás do futuro Jardim de Outono situado onde eram os antigos estaleiros. Ele é composto por três partes separadas, uma massa esculpida de concreto, na qual são erguidas duas alas.
O projeto também pode se diferenciar na sua preocupação para com seus usuários e o meio ambiente:
Requisitos de conforto: todos os apartamentos possuem vistas frontais e posteriores e são ventilados naturalmente, por isso não existe "fachada posterior" como tal. A largura e a profundidade dos terraços oferecem uma visão clara e sem obstáculos ao passeio marítimo. As passarelas áreas são feitas em concreto protendido; permitindo o acesso aos apartamentos ao leste, já que os elevadores estão no edifício oeste.
As prerrogativas da cidade: as fachadas exteriores são pontuadas com separações, que servem como armários de armazenamento a fim de evitar qualquer contaminação visual das ruas.
As normas da diversidade e desenvolvimento sustentável: o pátio central ajardinado sobre uma laje de concreto (impermeabilidade, drenagem, resistência a intempéries). Por baixo dela está um estacionamento bem ventilado com comércios no térreo.
O pátio, o mirante e as passarelas convidam a contemplação da paisagem - por um lado o Jardim de Outono e por outro a Baía de Toulon.