Edifício Vivalto / Najas Arquitectos

Curadoria de ArchDaily

Arquitetos: Najas Arquitectos; Najas Arquitectos
Área: 7000 m²
Ano: 2013
Fotografias:Sebastián Crespo

Descrição enviada pela equipe de projeto. O edifício Vivalto foi implantado em um terreno de esquina de 1.600 metros quadrados em uma área residencial. Sendo propriedade de um grupo imobiliário, foi desde o início a nossa motivação tentar mudar o caráter habitual dos edifícios de apartamentos ao norte de Quito que, infelizmente, não promove a vida em comunidade, por uma questão de fornecer o "exclusivo" ou a "segurança" dando as costas não só à cidade, mas às relações espaciais, sentimentos de pertencimento e de vida em coexistência.

Diz-se que, no século XVI, quando um sevilhano pediu que construíssem uma casa, disse a seu arquiteto: "Faça-me neste terreno um grande pátio e um grande jardim e se sobrar terreno, faça-me a casa." É assim que os elementos arquitetônicos de Vivalto nos interessam para reinterpretar contemporaneamente a tipologia da casa com pátio central de origem moura, em seguida, latino-americana e, finalmente, quitana.

O projeto foi resolvido espacialmente através de um volume de seis pavimentos que cercam a galeria central iluminada de 215 metros quadrados. Os volumes perimetrais contêm os apartamentos que se abrem para o exterior e geram terraços com vistas para o vale do Cumbayá.

Coberto por vidro, o pátio central se abre lateralmente para o exterior através de duas aberturas em cada pavimento, nas extremidades das circulações. Cada circulação interna possui jardins internos que quebram as linhas ortogonais das "fachadas internas". Estas soluções promovem a ventilação cruzada para evitar o efeito de estufa e melhorar as características acústicas do pátio central.

O pátio é principalmente uma área verde, que olha para cima, que forma planos horizontais de vegetação onde os jardins se apoiam em elementos de madeira que compõem um ambiente mais introspectivo e acolhedor. Os elevadores e as escadas de emergência estão em um volume revestido por trepadeiras que dão ao volume um aspecto mais orgânico.

O terraço oferece um espaço verde de 320 metros quadrados de áreas de uso comum, contendo espaço para cozinhar, atividades de lazer e salão comunitário. Este espaço permite que os moradores desfrutem das vistas circundantes e está conectado à galeria abaixo.

O acesso ao edifício se dá através da esquina, resultado da subtração de volumes no térreo.

Os dois pavimentos de subsolo possuem altura dupla e se abrem para a rua na sua fachada norte, obtendo iluminação e ventilação natural nos dois níveis subterrâneos. Um jardim de árvores foi plantado no segundo subsolo.

Os elementos de vegetação, o uso de materiais, a espacialidade e volumetria dão a sensação de um projeto habitacional que evoca a memória da vida colonial de forma contemporânea.