- Área: 46476 m²
- Ano: 2014
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Fotografias:Duccio Malagamba
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Fabricantes: EuroCave, Figueras, Goppion
Descrição enviada pela equipe de projeto. De acordo com o concurso internacional para um museu de história natural em Lyon, ocorrido em 2001, o projeto em questão foi concebido como um "meio para o intercâmbio de conhecimentos" e não como uma sala de exposição de objetos.
O museu está situado em uma península que se estendeu artificialmente há 100 anos e está na confluência dos rios Rhône e Saône. Apesar de estar evidente que a implantação neste local seria uma tarefa difícil (536 metros de comprimento que deveriam estar seguramente apoiados no solo), estava igualmente claro que este lugar seria muito importante para o desenho urbano. O edifício deveria funcionar como entrada para os visitantes que se aproximam desde o sul, sendo também um ponto de partida para o desenvolvimento urbanístico.
A fim de construir um museu de conhecimento, uma nova forma de complexo foi desenvolvida como porta de entrada icônica. Um edifício que realmente se destaca através de novas geometrias. Era importante para o conceito que o fluxo de visitantes que chegam da cidade até a Pointe du Confluent não deveria ser impedido por um edifício. A ideia era desenvolver uma construção aberta e transitável que flutua, em partes, somente sobre os apoios, possibilitando a criação de um espaço público abaixo.
Essencialmente, o edifício consta de três partes. Uma base levemente elevada (devido a grande elevação das águas subterrâneas), dois auditórios (para 327 e 122 pessoas, respectivamente) e espaços de trabalho, que também serão utilizados pelas escolas adjacentes para a capacitação, que se localizaram junto ao depósito e as oficinas para produção de exposições.
O edifício de entrada, chamado Cristal, é transitável, e conta com um acesso vertical aos espaços expositivos. Ao chamado Espaço Iiant, uma via de conexão, é possível acessá-lo através de uma escada rolante, um escada normal e uma rampa em espiral. Os caminhos deste espaço conduzem às salas de exposição individual (uma delas de dois pavimentos), e ao final há uma vista da confluência dos dois rios e da Pointe du Confluent. A estrutura de aço, utilizando o mesmo princípio de construção de uma ponte, tornou possível a criação de todas as salas de exposições sem apoios. As salas de administração encontram-se sob estes espaços.
Sob este componente elevado - as salas de exposição estão em balanço -, a água reflete-se na parte de baixo do edifício. Um restaurante enfatiza o caráter público deste lugar e um terraço de livre acesso com cafeteria encontra-se no pavimento superior.
Na entrada do edifício, uma construção em forma de gota serve como estrutura de suporte. Sua forma resultou do fluxo turbulento criado pela confluência dos dois rios. Este poço de gravidade reduz a um terço o peso de toda a estrutura de aço do edifício de entrada.