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Arquitetos: ATELIER ARS
- Área: 200 m²
- Ano: 2015
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Fotografias:Onnis Luque
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Fabricantes: Cemex, Condumex, Creativos en Carpintería, DeAcero, Ficamex, Multypanel, Tecnolite, Técnicos Premezclados
Descrição enviada pela equipe de projeto. Há alguns anos, durante uma viagem de Portugal ao norte da Espanha, observamos estes celeiros antigos chamado Hórreos e aprendemos, entre outras coisas, como um espaço interno pode ser conservado fresco e ventilado, permitindo que o ar flua continuamente com a escolha certa das aberturas na fachada. Nosso projeto é um anexo para o edifício TID do ITESO, onde os estudantes de arquitetura e design produzem seus modelos em madeira.
Acreditamos que seria possível evocar esses celeiros tradicionais, colocando seus ensinamentos em prática por um forte processo de transformação. O anexo proposto é onde os alunos podem pintar, aplicar vernizes e todos os tipos de revestimentos em seus modelos e é por esta razão que o edifício precisa ser naturalmente ventilado, através de um sistema de persianas de madeira que permite que o ar flua através da fachada.
Uma das mais importantes determinantes do projeto era fazer uma estrutura totalmente removível, já que seria o anexo de um edifício existente, que já possui certificação LEED; e por decisão do Departamento de Arquitetura da Universidade, essa certificação não deveria ser afetada após conclusão do anexo. Assim, projetamos o edifício com uma estrutura metálica e mezaninos de madeira parafusadas, de modo que todos os seus elementos possam ser desmontados e reutilizados no futuro.
A estrutura é constituída de perfis metálicos nos pilares e vigas, enquanto a fachada é feita de grandes persianas de madeira, que permitem a passagem do ar através das suas aberturas. Pela mesma razão, desenhamos a cobertura do edifício de uma maneira que ela funcione como uma chaminé, obtendo um sistema de ventilação natural altamente eficiente.
As fachadas são abertas para ventilar melhor quando o espaço está sendo usado por vários alunos simultaneamente.
Em outras palavras, a forma da construção é uma metáfora para o fluxo de ar.
Acreditamos que o nosso projeto dialoga com a arquitetura japonesa e traz consigo a poética da tradição.