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Arquitetos: Studio Libeskind
- Área: 1210 m²
- Ano: 2015
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Fotografias:Hufton+Crow
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Fabricantes: FiAM, Keil, Lasvit, Vectorworks
Descrição enviada pela equipe de projeto. Projetado pelo arquiteto de renome mundial Daniel Libeskind (Nova Iorque / Milão / Zurique), o pavilhão corporativo para a Vanke China explorará questões fundamentais relacionadas com o tema da Expo, "Alimentar o Planeta, Energia para a Vida". O interior de exibição é liderado por Ralph Appelbaum Associates (Nova Iorque / Londres / Pequim / Berlim / Moscou) com projeto gráfico feito por Han Jiaying (Pequim).
O conceito para o Pavilhão Vanke incorpora três ideias provenientes da cultura chinesa relacionada à alimentação: a shi-tang, uma sala de jantar tradicional chinesa; a paisagem, o elemento essencial para a vida; e o dragão, que está metaforicamente relacionado à agricultura e ao sustento. Todos esses três conceitos são incorporados na exposição, na arquitetura e no programa do Pavilhão Vanke.
“Como o rápido crescimento das cidades obriga as populações a viverem muito próximas umas das outras e o risco de desintegração social se eleva, nós utilizaremos este pavilhão para metafórica e fisicamente enfrentar as questões da vida contemporânea relacionadas com o tema da Expo", disse Wang Shi, presidente da Vanke China . "A tradição do alimento na cultura chinesa tem muitas associações fortes, a partir do conceito de shi-tang (sala de jantar) para a forma de dragão, que é miticamente derivada da história da agricultura na China. Através destes conceitos pretende-se representar as metas de Vanke em uma escala global: a possibilidade de criar comunidades vibrantes e saudáveis em um ambiente sustentável e inovador", acrescentou o presidente Wang.
Situado na extremidade sudeste do Lago Arena, o pavilhão de 800 m² parece surgir a partir do leste, formando uma paisagem dinâmica e vertical. O projeto apresenta um padrão geométrico sinuoso que flui entre o interior e exterior. A grande escadaria, feita em concreto cinza é esculpida na forma avermelhada e orienta os visitantes até o nível superior. A plataforma de observação no pavimento superior com um jardim irá proporcionar uma vista deslumbrante sobre o lago e sobre o pavilhão italiano.
O conceito por trás do projeto era incorporar muitos aspectos da vida chinesa. O pavilhão é uma estrutura dinâmica que representa o crescimento e a resistência do povo chinês. É uma fusão completa de espaço interno e externo, o que permite um encontro inesperado entre o pavilhão e o espaço público que o envolve.
O pavilhão é revestido por mais de 4.000 telhas vermelhas metalizadas que Libeskind projetou com a empresa italiana Casalgrande Padana. Os painéis de cerâmica geométrica não apenas criam um padrão expressivo que remete a uma pele de dragão, como também possuem propriedades altamente sustentáveis de auto-limpeza e purificação do ar. A superfície tridimensional é revestida com uma coloração metálica que muda conforme o ponto de vista e incidência de luz. Ela, às vezes parecerá carmesim, em seguida ouro, e até mesmo, em certos ângulos, um branco brilhante. Os azulejos são instalados com um sistema de apoio que confere um padrão rítmico e uma forma matemática para um elemento retorcido. Duas escadas em espiral ecoam a forma e elevam-se até o sul e norte a partir da entrada do Rio Arena, servindo tanto como circulação quanto como estar.
Dentro do pavilhão, os visitantes encontram um espaço de exposição preenchido com uma constelação de 200 telas montadas em uma matriz de andaimes de bambu. A floresta de telas e bambu flutua acima de um espelho d'água sinuoso que faz fronteira com o caminho do visitante. Como os visitantes movem-se através do espaço, uma experiência narrativa de dez minutos é apresentada através das telas e de 22 canais de áudio. A cada passo e cada volta, o espaço e a história aparecem novamente: eles são ricos e em camadas; ao mesmo tempo fragmentados e, simultaneamente vistos como um todo.
A narrativa oscila entre caos e calma. O frenesi da vida na cidade é duramente sobreposto com o movimento extremamente lento de uma refeição comunal, primeiramente em sua elaboração e, em seguida, no seu consumo. A mensagem-sobre o poder e a possibilidade de forjar conexões e construir uma comunidade através de alimentos - deve ser entendido mais visceral do que intelectualmente.
"A exposição do Pavilhião Vanke foi o resultado de muitas forças simbióticas: entre arquitetura e expografia, produção de mídia, artistas e patrocinadores. O resultado é uma criação rara: uma experiência de grande escala e extraordinariamente complexa na qual se sente como se tivesse sido desenhada por apenas uma mão", disse Alex Vlack, diretor de mídia.
O nível superior do pavilhão fornece um espaço particular para acomodar pequenos eventos e áreas VIPs. A sala íntima dispõe de uma planta livre, uma grande claraboia que recebe luz natural, os azulejos Casalgrande Padana, revestimentos de parede de bambu e um lustre de vidro projetado por Libeskind em conjunto com a empresa de vidro artesanal Checa Lasvit.