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Arquitetos: Boran Ekinci Mimarlik , Hakan Dalokay Mimarlik; Boran Ekinci Mimarlik , Hakan Dalokay Mimarlik
- Área: 26317 m²
- Ano: 2013
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Fotografias:Cemal Emden
Descrição enviada pela equipe de projeto. A prefeitura de Şişli está localizada em Şişli, um dos mais movimentados centros de Istambul. O edifício encontra-se rodeado por edifícios escolares, e ergue-se como uma imagem de boas-vindas em um dos principais cruzamentos da estrada. O programa proposto para o edifício municipal organiza-se em um esquema horizontal, o que permite a máxima utilização do local por parte dos cidadãos. O desenho foi norteado pela criação de efeitos integrados correspondentes a um programa público. O edifício, com sua envoltória na fachada sul e a massa retangular que se levanta na parte posterior, torna-se um ponto de referência para o entorno. Além disso, devido à relação entre o acabamento e a topografia, a construção consegue uma característica de acolhimento.
A solução do esquema operacional da estrutura principal linear é uma construção de grande altura que foi bloqueada, mas que permite a criação de um espaço público ativo. O desenho da estrutura desse esquema linear e sua casca fizeram com que o edifício se fundisse. Assim, o aspecto acolhedor do bairro foi reforçado, já que quase não se nota a proporção do edifício ao vê-lo do exterior. A relação entre a construção e a topografia foi resolvida com muita expressividade por meio da envoltória e das superfícies inclinadas no lado sul. O espaço público abaixo da casca e os pontos de entrada e saída de automóveis, no sentido leste-oeste, ativaram a circulação dos pedestres e criaram uma circulação para os automóveis no térreo.
O programa municipal de construção conseguiu assegurar funções ativas e racionais por meio da conexão vertical do esquema linear, principal mote do projeto. O desenho da casca permite conectar superfícies em diferentes níveis, além da criação de um volume de 12 metros de altura, que proporciona amplas zonas de uso público. Criou-se uma integridade visual por meio de pontes e das galerias no nível inferior, que conformam espaços de encontro. A ponte entre a presidência e o conselho resolve espontaneamente as questões de privacidade e segurança.
Os escritórios, alimentados a partir do corredor principal, encontram-se a uma altura de 4 metros no piso superior. O diagrama mais eficiente e racional foi proposto com dois principais pontos de conexão vertical aos dois extremos do edifício. Divisórias transparentes nos escritórios e galerias permitem o ingresso abundante de iluminação no espaço interior. Assim, o custo da fachada é minimizado mediante a lógica matemática do desenho.
Cria-se um ambiente espaçoso com um desenho simples de interior por meio do uso de tons claros da cor azul, com exceção das portas de incêndio. Na parte superior do edifício encontram-se as áreas de cafeteria e salões com um agradável ambiente e panorama da cidade.
A fachada foi projetada como um sistema de proteção que rodeia a estrutura. Embora a conservação de energia tenha sido facilitada por painéis móveis, as fachadas proporcionam luz e mobilidade. A construção foi discutida em sua totalidade com simplicidade, sustentabilidade, racionalidade e uso público. Os componentes do desenho foram construídos de forma integral.
O processo de desenho foi discutido de forma meticulosa, o mesmo critério foi mantido no processo de construção. Mas, a elaboração do processo de construção foi afetada pela operação da mesma no país, de modo que situações incontroláveis surgiram. Apesar do controle da obra de construção, a realização do projeto mostrou-se difícil por conta das decisões tomadas sem autorização dos arquitetos.
Apesar do projeto do edifício ter sido terminado seguindo todas as normas e aceito pelo cliente, depois que a estrutura básica foi completada, o cliente pediu para que se abrisse um concurso para a fachada. Neste momento, era a única parte que faltava para terminar a construção segundo o desenho inicial. Com o concurso, houve 40 alternativas diferentes para a finalização da obra e, finalmente, o cliente optou pela fachada do desenho inicial.
Contudo, a construtora renunciou ao processo devido a um desacordo com o cliente, portanto, o desenho da casca como um espaço público não foi completo com uma casca verde. Apesar de todas as dificuldades no processo, o desenho do edifício completou-se seguindo a consciência de seu valor e contribuindo à cultura arquitetônica.
O edifício, que possui seu uso público como exemplo para outros programas municipais, foi indicado ao Prêmio Nacional de Arquitetura.