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Arquitetos: Andrea Michelini, Area_Progetti, Laura Ceccarelli, UNA2; AREA PROGETTI, UNA2, Andrea Michelini, Laura Ceccarelli
- Área: 264 m²
- Ano: 2013
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Fotografias:Andrea Bosio
Descrição enviada pela equipe de projeto. O Centro Cultural é um edifício de apenas um pavimento que é atravessado por um caminho de pedestres, que além de uma abordagem alternativa dos usuários do Centro, é caminho para a passagem subterrânea da estação de trem, agindo como uma importante conexão na rede viária urbana. O edifício é dividido em três blocos diferentes, dispostos ao longo do percurso de pedestres que vai à biblioteca e a caminho da passagem nas proximidades. Esta disposição garante que todas as três áreas tenham face para este caminho. Seguindo a passagem, a direita está a cafeteria e hemeroteca, onde o caminho se abre para a livraria e segue para a sala de jogos, centro de informações e uma área multiuso.
O projeto se valeu de tecnologias inovadoras para melhorar a performance energética do edifício, que incluem componentes de alto desempenho na envoltória e isolamento, sistemas de ventilação natural, condutores subterrâneos para pré-aquecimento de ar no inverno e resfriamento no verão, coletores de energia solar para aquecimento de torneiras, sistema fotovoltaico, sistema de controle de monitoramento de sistemas de construção. A exploração da luz natural contribui para a economia de energia através de um sistema de iluminação equipada para controlar automaticamente a intensidade da luz em função do consumo.
O edifício possui uma estrutura composta de pilares circulares de concreto armado e uma cobertura com duplo quadro de madeira laminada colada. Nas fundações, existem uma série de canais subterrâneos para ventilação natural do edifício. A rede de canais primários está conectada à uma rede secundária de canais de diferentes tamanhos que distribuem o ar para as saídas dentro de cada ambiente. Estes canais subterrâneos são feitos de concreto armado e também atuam como base para os elementos estruturais pré-tensionadas do piso. As paredes de fechamento são construídas a partir de fardos de palha.
Um amplo jardim não transitável foi construído na cobertura destes edifícios. Esta escolha permite um alto rendimento termo-físico, além de proporcionar uma contribuição efetiva ao reduzir as partículas finas na atmosfera e os gases de efeito estufa. O jardim da biblioteca é delimitado na fronteira ferroviária por uma duna feita de terra com 3,2 m de altura, com a dupla função de fechar a área de leitura ao ar livre e proteger as atividades do interior da biblioteca do ruído ferroviário. O jardim foi feito com material reaproveitado das escavações para as obras e ali foram plantadas espécies que florescem em diferentes momentos ao longo das estações.
O resfriamento passivo se concentra principalmente na aplicação de técnicas para a ventilação natural dos ambientes. O objetivo era maximizar a entrada de fluxos naturais de ar dentro do edifício: o sistema é composto por uma torre de vento e um sistema de chaminés solares dispostas na cobertura para servir o maior número de ambientes possível. A torre de vento é um sistema de captação de correntes de ar com aberturas na parte superior que enfrentam os ventos predominantes. Aproveitando a brisa do mar, a torre dirige o ar fresco à um campo de canais subterrâneos, que entra nos ambientes por aberturas junto ao piso, forçando o ar quente sair pelas chaminés na cobertura. Estas chaminés são estruturas cilíndricas feitas de metal e pintadas com cores diferentes, fixadas na estrutura da cobertura com abertura e fechamento controlados eletricamente.