Descrição enviada pela equipe de projeto. O Museu Luo Fu Shan Shui é um projeto arquitetônico construído para abrigar as coleções privadas de arte desde pinturas à esculturas orientais, utilizado em paralelo como um clube de lazer. O complexo concentra quatro edifícios principais: o Portão, o Museu, o Spa, e cinco residências-hotel. A área onde está o terreno é categorizada como Zona Cênica Nacional de Primeira Ordem.
O terreno de 68.000 m² está próximo ao lago Xiangang de 295 km², que é o maior reservatório da província de Guangdong junto à Montanha de Luo Fu, com 1296 metros de altura. A costa do lago serpenteia ao longo do terreno, e confere um ambiente natural que facilmente se mescla com a arquitetura.
Inspirado na filosofia da Pintura Tradicional Chinesa, o projeto aproveita a natureza poética e transforma o ambiente construído em uma atmosfera sutil e com hierarquia espacial que está subordinada à beleza da natureza.
Filosofia Projetual
As pinturas tradicionais chinesas tendem à capturar a metafísica do vazio da montanha com o silêncio da água. A filosofia do projeto foca consistentemente nestes dois espíritos. Os arquitetos acreditam que a "beleza da natureza existe sem palavras", o edifício portanto não tem necessidade de se destacar do ambiente natural.
Os espaços são dispostos em camadas, entremeados com a paisagem do entorno; e a arquitetura construída é oculta, enterrando a estrutura sob a terra e a encosta. A cobertura se transforma em verde, a fachada se volta para dentro, o e o ambiente se torna silencioso. Enquanto isso, os elementos em bambu, as paredes texturizadas, e a fachada cinza, e a paleta de materiais salientam a ambiência oriental da arquitetura.
Layout
O conceito principal do layout originou-se da cuidadosa análise em como organizar os diferentes componentes de forma compositiva no sistema volumétrico do terreno. A história da arquitetura inicia com a sinuosa disposição do acesso principal, que é alongado para minimizar as restrições do terreno. Ao entrar através do portão de concreto-bambu, a primeira vista ao museu parece nada mais do que uma parede branca com certa textura.
A estrutura principal do museu é enterrada. Um volume de vidro transparente implica em uma entrada do visitante ao museu de cima para baixo, do telhado ao pátio do subsolo. O átrio de três pavimentos em bambu deixa o céu penetrar no ambiente, inundando de luz natural do topo até as circulação do subsolo. Durante a noite, a ambiência poética da iluminação do pátio realça a circulação em bambu. Após uma mudança de níveis horizontais e verticais, os visitantes são conduzidos em um pátio tranquilo frente à um espelho d'água à céu aberto. Outras estruturas como a casa de chá, o hotel e o spa são dispostos em sequências também concebidas com a lógica de cima a baixo, que sem dúvida pode ajudar a harmonizar o ambiente com bastante sentido.
Exploração de Valores
Este exercício é uma tentativa a refletir a metafísica dos valores orientais, que está profundamente relacionado com a filosofia de respeito à natureza. O projeto começa carregando uma mistura tranquila entre o homem e a natureza, levando em conta as condições específicas do terreno, e levando em conta a reflexão da vida e cultura local que características do local. Os arquitetos, através do estudo da 'humanidade oriental' querem explorar uma série de sistema de valores que pode de alguma forma ser responsável em conexão com a história, cultura, meio ambiente e desenvolvimentos social.
Este projeto foi vencedor do Prêmio Anual HKIA de 2013.
