Arquitetos
Ópera QuatroLocalização
Água Branca - Água Branca, São Paulo - SP, BrasilAutores
Pablo Chakur e Fernanda FerreiraColaboradores
Leonardo T. Coelho da Silva, Anderson Pontes, Olavo SunigaConsultoria de Mobilidade urbana
TTC Soluções em Mobilidade (Daniel Ortiz, Tiago Cerchiari Fracchetta)Consultoria em Drenagem, Terraplenagem, Pavimentação, Geotecnia, Fundações
Geobrax Engenharia SS Ltda (Fabio Romeiro)Consultoria em Estruturas
Gama Z Engenharia Ltda (Leandro José Lopes Zabreu)Consultoria em Instalações Elétricas e Hidráulicas
Ramoska e Castelani Projetistas Associados Ltda (Arnaldo Ramoska, Leonardo H Simões)Paisagismo
SAPU – Studio de Arquitetura e Paisagismo Urbano (Eduardo Chagas, Ricardo T. Almeida, Renata F. Godoy)Ciclovias e Urbanismo Sustentável
Daniel H. MaedaConsultoria em Negócios Imobiliários
Luciana CrepaldiAno do projeto
2015Fotografias
Cortesia de Ópera Quatro Arquitetura
Apresentamos a seguir o projeto premiado com menção honrosa no concurso para a Operação Urbana Consorciada Água Branca, de autoria do escritório Ópera Quatro Arquitetos. O concurso teve abrangência nacional e foi promovido pelo São Paulo Urbanismo – SP Urbanismo e o Departamento de São Paulo do Instituto de Arquitetos do Brasil – IAB-SP.
Dos Arquitetos: O plano de urbanização do subsetor A1, no perímetro da operação urbana Água Branca, além de ser a oportunidade de vitalizar uma região historicamente “marginalizada” urbanisticamente, apresenta-se como um impulso para a criação de uma nova centralidade possibilitando a franca relação entre o avanço imobiliário do bairro Barra Funda (em sua maioria, voltado para a classe média) e o adensamento da moradia de interesse social e sua infraestrutura de cultura, saúde e lazer.
A SETORIZAÇÃO INDUZIDA
O ponto de partida de nossa proposta foi pensar o programa não construído como o indutor estratégico da personalidade do novo lugar. Para isso, reconhecemos importantes conjunturas urbanas que conduziram nossa setorização programática.
Em primeiro lugar, o rio Tietê provoca a eterna reflexão em revitalizá-lo e nosso papel como profissionais de projeto é nunca negar um rio para a cidade ou “privatizá-lo”, até porque é de fundamental importância contribuirmos com projetos já elaborados neste sentido, como por exemplo, o arco Tietê.
Propomos uma grande referência pública junto ao rio. Um ponto estratégico de encontro, já que na outra margem deste temos população semelhante à que faz parte do programa deste concurso. Além disso, a intenção de revitalização da região à leste da Av. Nicolas Boer, bem como toda a área lindeira à Marginal, reforça a importância de oferecer, democraticamente, toda a área composta pela alça urbana à este grande parque para a cidade.
Como continuidade do parque linear, ao longo da rua R, sugerido pela operação urbana, implantamos uma massa verde linear que em seu final dilui-se e se transforma na esplanada seca de acesso ao parque.
Fortalecendo ainda mais o caráter democrático e a maior ocupação do parque, locamos o território CEU nesta área. Este equipamento exercerá papel de articulador urbano das comunidades locais.
Com controle e uso independentes, as demais edificações institucionais foram dispostas no terreno separadas pela alça urbana apresentada pela operação urbana.
Assumimos que a transformação imobiliária da Av. Marquês de São Vicente reafirma a conveniência em não segregarmos a comunidade de menor renda daquelas de maior poder aquisitivo presentes ao longo da avenida, atendendo aos pré-requisitos do programa do concurso.
Com o objetivo de induzir a relação entre elas, propomos uma nova frente pública, uma grande praça. Porém, para que a mescla seja insuspeita optamos pela não construção junto ao alinhamento da Avenida Marquês de São Vicente, recuando a massa edificada oferecendo à cidade uma grande área de “respiro” em contraponto à verticalização do empreendimento do jardim das perdizes e que, ainda, articula os fluxos entre os dois lados da avenida.