Metro do Porto / Eduardo Souto de Moura

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  • Coordenador: Arq. Adriano Pimenta
  • Colaboradores: Arq. André Campos, Arq. Ricardo Tedim, Arq. Eduardo Carrilho, Arq. Joana Pinho, José Carlos Mariano, Arq. Bernardo Durão, Arq. Diogo Crespo, Arq. Manuel Pais Vieira, Arq. Nuno Flores, Arq. Nuno Lopes, Arq. Tiago Coelho, Arq. Tiago Figueiredo, Arq. Eduardo Pereira, Pedro Chimeno Soares da Costa – Gabinete de Projectos
  • Projetistas De Fundações E Estruturas: CENOR – Projectos de Engenharia, Lda.; COBA – Consultores para Obras, Barragens e Planeamento, S.A.; CJC – Engenharia e Projectos, Lda.; VIA PONTE – Projectos e Consultoria de Engenharia, Lda.
  • Projetista De Hidráulica: FASE – Estudos e Projectos, S.A.
  • Consórcio Construtor: Normetro ACE
  • Construção Civil: Transmetro (Soares da Costa, Somague, Impregilo)
  • Eletromecânica: Balfour Beatty Rail
  • Sinalização Ferroviária E Material Circulante: Bombardier Transportation
  • Operação E Manutenção: Transdev
  • Engenheiros De Concepção: Semaly
  • Cidade: Porto
  • País: Portugal
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© Luis Ferreira Alves

Descrição enviada pela equipe de projeto. O Metro Ligeiro de Superfície desliza suavemente à superfície, sem fazer muito ruído, sob dois carris de aço.

A implantação dos carris é imposto por um sistema fechado de cotas, obedecendo a regras rígidas, sem contemplações subjectivas.

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Os carris de aço, devem ficar embutidos no pavimento das ruas (em caso de emergência, os bombeiros têm que passar). Os materiais podem variar desde cubos de granito, tapete betuminoso ou tapete de relva.

Por motivos acústicos, os carris assentam sobre uma laje flutuante que recebe peças em aço, almofadadas com borrachas.

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A implantação deste sistema obriga à demolição das ruas e, como consequência, de todas as infraestruturas.

Novas redes de saneamento, águas pluviais, gás, electricidade, telefone, tv cabo, fibra óptica e por vezes oleodutos, têm que coexistir com o próprio sistema do Metro a construir – multitubulares com caixas de 20 em 20 metros.

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Mas o problema do Metro à superfície, não é só a superfície, há que pensar no céu, nas catenárias e na iluminação. Estas podem ser suspensas a partir de um “poste” central ou então com dois postes laterais.

Quando a largura da rua não permite o sistema, as catenárias ficam suspensas por cabos de fachada a fachada.

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O problema é que geralmente as fachadas são em vidro “NUAGE”, ou com tijolo de 7 cm na parede exterior.

Trabalhamos do eixo para os lados (o canal do Metro é sempre inflexível) e o que sobra é distribuído para outros veículos, estacionamento quando cabe, e passeios até chegar às soleiras.

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Implantação

Podem-se fazer transições de materiais, mudar pendentes, mas as soleiras são “sagradas”, é como tocar no ombro de um desconhecido.

De ombro em ombro trocamos cotas, pavimentos, texturas, passeios, guias, contra-guias, postes de iluminação, árvores. Não é que queiramos alterar a geografia mas “Metro oblige”.

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Quando há dificuldades, fala-se à Transmetro, à Normetro que, por sua vez fala ao Metro, à Câmara, à Junta de Freguesia, aos Moradores e aos Comerciantes.

Depois de estar aprovado, “Bom para execução”, começam a surgir ruas que se cruzam e se dilatam fazendo largos, rotundas, praças, recantos que sobram, pracetas, largos com árvores, parques de estacionamento à ilharga e, porque não, “Boulevards” - Av. da República: Gaia / Matosinhos. 

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Planta - Térreo

Sem ser esta a nossa vocação, o Metro constrói lugares, recantos, junta cidades, desenha Metrópoles - Gaia, Porto, Matosinhos, Maia, Trofa, Vila do Conde, Póvoa de Varzim, e Gondomar vem a seguir.

As cidades não mudam por vontade própria ou por decretos políticos, mas pela emergência de sistemas necessários à sua sobrevivência e ao seu desenvolvimento.

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Foi assim com os Romanos quando sobre dois atalhos que se cruzavam desenharam o Cardus e o Decomanus, e no centro ficou o Forum.

Foi assim na Idade Média, quando no Forum ficou a Praça da Catedral, construída com as pedras do templo demolido.

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Corte

Foi assim no Barroco, com o desenho de eixos radiocêntricos, ligando essa Catedral (já cheia de talha dourada) às portas da Muralha.

Foi assim no Neo-Clássico em que as portas foram demolidas ou redesenhadas e os largos que recebiam as estradas passaram a ser praças, ladeadas por conventos.

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Foi assim no Século XIX com o caminho de ferro, em que alguns conventos passaram a estações (S. Bento).

Foi assim no Século XX com o Metro Ligeiro de Superfície (Matosinhos / Trindade).

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Será assim no Século XXI em que o Metro de Superfície, deverá estar integrado num sistema planeado para uma nova geografia (já chega de improvisos) que não se pode adiar.

“O país é pequeno e nós somos poucos...” (José Cardoso Pires), mas penso que vamos conseguir. 

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Localização do Projeto

Endereço:Porto, Portugal

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Localização aproximada, pode indicar cidade/país e não necessariamente o endereço exato.
Sobre este escritório
Cita: "Metro do Porto / Eduardo Souto de Moura" 09 Jul 2015. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/769934/metro-do-porto-eduardo-souto-de-moura> ISSN 0719-8906

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