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Fotografias:Adrià Goula
Descrição enviada pela equipe de projeto. O objetivo deste projeto era proporcionar uma moradia adaptada às necessidades do cliente que, em consequência de um acidente, perdeu a mobilidade e se desloca com a ajuda de uma cadeira de rodas.
O terreno de forma trapezoidal possui somente um vizinho no lado oeste e nos outros lados limita-se com a rua ao norte, uma praça ao leste e um córrego ao sul. Trata-se de uma localização muito exposta ao espaço público, e o projeto poderá aproveitar-se disto mas também garantir uma certa privacidade.
A residência se desenvolve toda no térreo e é definida através de dois volumes que adaptam-se a geometria irregular do terreno. Um é paralelo ao limite da parcela vizinha e o outro perpendicular a rua, estando levemente deslocado em relação ao primeiro. Tal configuração define entre eles um espaço protegido da visão do espaço público e voltado aos juncos do córrego. Trata-se de um espaço muito ensolarado, e para proteger-se do sol e da chuva foi previsto uma significativa área coberta.
Este espaço entre os dois volumes é uma extensão do espaço interior da residência, uma área mais livre, uma zona pavimentava de fácil acessibilidade para a cadeira de rodas.
A residência deveria ser econômica e construir-de de forma fácil, por isso, optou-se pelos sistemas construtivos mais básicos utilizados com coerência para lograr seu máximo proveito. O projeto foi construído e dentro para fora, por camadas, primeiro a parede estrutural, que acabou por se tornar visível no interior, depois o isolamento, evitando assim qualquer ponte térmico, logo uma câmera de ar onde foi possível esconder as porta de correr, e por fim, um revestimento cerâmico com juntas de argamassa e cal.
A pequena morada beneficia-se ao máximo das características do local, usando os baixos recursos disponíveis para proporcionar espaços agradáveis e práticos.