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Arquitetos: Rojo/Fernández-Shaw ; Rojo/Fernández-Shaw
- Ano: 2009
Descrição enviada pela equipe de projeto. Este é um projeto de habitação pública com 74 unidades em Ciudad Real, numa das novas áreas de desenvolvimento da cidade, próximo de onde o anel viário será construído e, portanto, em seu limite. O projeto é confrontado com a paisagem suburbana e disforme que rodeia a cidade, metade agrícola e metade urbana.
É uma área sem referências homogêneas ou coerentes, cercada por um edifício de escritórios, uma escola, e outras habitação de diferentes tipologias (blocos, condomínios, unifamiliares, etc.).
Devido ao fato que a comissão é o resultado de um concurso público de arquitetura, seu objetivo é também explorar modelos contemporâneos da domesticidade e morfologias habitacionais, bem como a construção de um ambiente suburbano em que o papel estruturante dos espaços públicos compartilhados e uma iconografia doméstica possam desempenhar um papel significativo.
Começamos o projeto levando em conta questões de escala e proteção contra condições externas não controladas, em vez de tentar adaptar-se às circunstâncias externas. O projeto é pensado como blocos lineares. Trabalhando dentro dos estritos limites dos parâmetros das normas, e flexionando-os para nossa vantagem, os volumes normativos foram reinterpretados iconograficamente.
Os volumes sólidos repetem-se em suas morfologias e disposição, mas cuidadosamente diferenciados devido às mudanças nas condições de orientação, acesso e variação de percepção. Eles também sofrem de fragmentação estratégica e alterações formais, a fim de aumentar o papel dos espaços exteriores, relações intersticiais e a função do térreo.
Acreditamos que a habitação contemporânea deve ser flexível para permitir diferentes usos, permitir a possibilidade de mudanças e transformações ao longo do tempo, além de compreender a relação da habitação com o espaço exterior, como um valor que deve ser levado em conta no interior da habitação, no tempo presente.
Portanto, esses volumes, essas moradias, tentam ajustar-se à nova paisagem criada, tanto no interior como no exterior, por meio de 5 mecanismos implementados: levar em conta a flexibilidade no interior de cada unidade; a flexibilidade na combinação das diferentes tipologias; o papel dos espaços intermediários, entre os volumes e os espaços vazios entre os próprios blocos e sua capacidade de criar espaços de convívio entre as habitações.
Finalmente, inserimos a área de estacionamento no nível subterrâneo, de modo que o espaço entre os blocos de habitação possa ser de uso comum, sem a necessidade de preocupação com os carros ou o tráfego.