- Área: 1095 m²
- Ano: 2015
-
Fotografias:Patrick Miara
Descrição enviada pela equipe de projeto. O escritório de arquitetura NOMADE recentemente entregou o projeto de reabilitação e ampliação da pista de corrida em Yffniac, no hipódromo de Baie, a poucos quilômetros do centro de Saint-Brieuc, na Bretanha. NOMADE desenvolveu um desenho único, sensível ao contexto, mas original por renovar esta estrutura, estabelecendo um dinâmico diálogo entre o novo e o antigo.
Uma morfologia audaciosa integrada com seu entorno. Trata-se de um desafio duplo destinado, por um lado, a melhorar as condições de recepção ao público durante os eventos equestres, e por outro, proporcionar um salão para eventos grupais (seminários, casamentos, etc).
O projeto é organizado em duas partes; o hipódromo existente é uma sala coberta com terraço e conta com quatro áreas: o corredor público de recepção, a sala de recepção profissional, os vestiários e o bar público.
Este edifício foi reformado para cumprir com as normas de segurança contra incêndios e para melhor a técnica, acústica e rendimento térmico (isolamento, reforma da carpintaria exterior). Estas melhorias contribuíram significativamente para uma maior comodidade do usuário.
A extensão oferecerá novos espaços e usos: um restaurante, uma sala profissional para reunião e os serviços associados às principais áreas que se distribuem no espaço.
O projeto é composto por vários módulos sobre pilotis que sustentam a fachada noroeste da sala existente, junto com um bloco opaco no lado sudoeste. Esta solução arquitetônica minimiza o impacto ambiental e evita a interferência no funcionamento geral da pista de corridas.
UM DESENHO BIOCLIMÁTICO
NOMADE fez uma ousada escolha para incorporar uma identidade re-inventada, fazendo uso de considerável experiência no desenho bioclimático: orientação, compacidade e proteção solar.
Alternando entre continuidade e divergência do desenho existente, os módulos sobre pilotis trabalham com esta dualidade: a opacidade e a transparência, as sombras e a luz, o céu e a terra. Longe de ser inútil, esta obra permite gestionar a luz solar e o calor interno, garantindo a comodidade durante o verão e o inverno. Um padrão naturalista aumenta a expressividade arquitetônica, estimula a imaginação e trabalha com o conceito de uma pele dupla.
O SALÃO COBERTO: DUAS ENTIDADES DISTINTAS
O salão coberto com uma planta retangular de 43 metros por 64 é organizada em duas entidades distintas: o espaço reservado para os cavaleiros, que combina uma sala e os vestiários localizados sob os terraços, e a área de recepção ao público.
A recepção ao público é um espaço de generosas proporções, aberto e aconchegante.
Um sistema de entrepisos e passarelas abertos potencializa este grande volume, conferindo uma permeabilidade visual que torna possível a legibilidade do espaço. Isto faz com que o salão seja um ponto de encontro perfeito. Ele também oferece uma ampla variedade de usos.
A EXTENSÃO: AUMENTO DE ESPAÇOS E USOS
A extensão oferece novos usos e espaços no térreo. Seu desenho é modular: três módulos construídos com estruturas metálicas, dos quais dois estão estruturados por pilares metálicos preenchidos com concreto que possibilitam a criação da parede envidraçada ao norte do salão coberto.
Um monólito de concreto conecta-se com a empena de vidro dos edifícios existentes. Esta conexão abriga a circulação entre as duas entidades da pista de corridas e distribui os distintos espaços e programas, assim como abriga as instalações técnicas.
O monólito foi desenhado como um volume opaco, perfurado por aberturas aleatórias. O concreto bruto do seu exterior contrasta com o interior de concreto pigmentado, criando um ambiente agradável. Sua aparência áspera serve como um contraste harmonioso com o salão principal.
UMA INTEGRADA ESTRUTURA MISTA
Estruturalmente, NOMADE tratou de desenhar uma extensão que respeita a estrutura e o funcionamento do salão coberto existente. O projeto limita seu impacto geral e estabelece uma verdadeira interação arquitetônica com o edifício existente através de uma postura firme e única.
O novo edifício conecta-se com a estrutura já existente por meio da empena de vidro da fachada noroeste. A extensão opta por marcar um forte contraste com a estrutura antiga através de um desenho e materiais, entretanto, respeita a disposição longitudinal imposta de forma natural pela pista.
O uso combinado do metal e do concreto oferece uma considerável liberdade de criação arquitetônica. É por isso que os módulos possuem uma estrutura de metal ou mista, estruturada em pilares de metal preenchidos com concreto.
A estrutura de suporte da fachada é constituída principalmente por vigas de aço com lajes compostas (laje de concreto em fôrmas metálicas).
A fachada consiste em um filtro que alterna as superfícies transparentes e opacas, criando várias sequências. Este filtro consta de um revestimento de alumínio posicionado contra a estrutura primária do edifício que cobre as fachadas com maior ou menor densidade, de acordo com a necessidade de abrir, ocultar a vista ou conferir a proteção contra o sol.
As escadas e os elevadores contam com uma estrutura de concreto (muro de carga) e reforçam toda a extensão do edifício. Uma junta de dilatação foi criada entre o edifício existente e o anexo.
O terraço acessível com vistas para a pista consiste em uma laje de concreto. A cobertura é igualmente uma laje de concreto impermeável e isolante com teto verde.