- Área: 45 m²
- Ano: 2014
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Fotografias:Federico Cairoli
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto participativo de um edifício comunitário multifuncional para desenvolvimento de assentamentos em situação de extrema pobreza abarca a perspectiva da solução de um problema que influi não somente uma pessoa ou família, mas um coletivo. Por isso, a ideia é reivindicar a ação conjunta humana, deixando o ego ou os interesses individuais de lado, para tratar o interesse geral como prioridade.
Nesse tipo de territórios urbanas a relação com o contexto tanto social, econômico e governamental é de marginalidade e exclusão. Na maioria dos casos tratam-se de terras ocupadas, ou às vezes doadas, mas sempre vazias, sem nenhum tipo de serviço básico. Isso determina que a conquista do desenvolvimento urbano do lugar deve começar por iniciativa dos moradores.
Uma das maiores dificuldades é a reduzida coesão social. A falta de permanência é grande, por múltiplos fatores, como a necessidade econômica, falta de resposta às necessidades básicas, exclusão social, manipulação, etc.
Esses projetos são de vital importância, já que buscam reverter a instabilidade social, econômica, urbana e política, de fomento e atenção organizada das necessidades comunitárias. Cria-se uma plataforma construída que sirva de articulador desde a escala intrapessoal, até intra-institucional, incentivando a formação e o bom uso das instituições, como principais representantes das pessoas da comunidade e, assim mesmo, das necessidades e soluções.
Essas plataformas construídas (edifícios) tem a intenção de conter espaços que respondam diretamente às necessidades (educativas, profissionais, de saúde, segurança, abrigo, lazer, etc.) primordiais da comunidade, germinando esperança e oferecendo ferramentas para o desenvolvimento. Dessa forma, convertem-se em ícones que geram uma identidade comunitária, promovendo o desenvolvimento do entorno, por meio do trabalho em conjunto para a construção desse edifício, disseminando novas técnicas de auto-construção que possam ser levadas às situações familiares individuais.
Do coletivo ao individual, não do individual ao coletivo.
A projeção social dessa pesquisa contempla a expansão da rede de centros de desenvolvimento comunitários (CDC) que buscam criar presença de organização e progresso nos locais mais vulneráveis, mas também fortalecer o trabalho dos municípios, e seus administradores públicos, que por falta de organização têm dificuldades de aproximação de sítios com essas características.