- Área: 267 m²
- Ano: 2014
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Fotografias:Luke Hesketh
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto é moldado e adaptado às curvas de nível do vale a noroeste. Com vistas à cidade próxima e o rio além, a residência é centrada nessa perspectiva.
Formado como um objeto singular contínuo crescendo na borda do vale, a principal estratégia projetual foca-se na cozinha, onde uma abertura generosa é feita através de toda a profundidade do volume. A sugestão é que o vale permaneça contínuo através da casa com áreas externas em ambos os lados, acomodando as variáveis condições do tempo.
Partes da construção são afastadas formando proteções e revelando a ocupação da residência. As madeiras locais tem um enfoque particular no limite entre o interior e o exterior, enquanto as qualidades de texturas dos materiais são também celebradas internamente.
Na elaboração de uma residência unifamiliar confortável e pessoal, o esquema visa mesclar as complexidades e sutilezas dos requisitos funcionais, com as condições microclimáticas e específicas do local de forma coesa e consistente.
Concebido como uma forma singular e única, o edifício é moldado para encontrar a borda do vale num ponto mais baixo e, em seguida, estender-se com o contorno do terreno, crescendo em altura para o norte e leste. O edifício ergue-se sugestivamente para o ângulo do sol do inverno ao norte através das árvores.
A fachada escura conta com elementos destacados funcionando como proteções, com as partes expostas visualmente leves, uma conexão conceitual para permitir o sol a penetrar no edifício.
Áreas cobertas externas são criadas onde o espaço é subtraído das partes escuras da fachada, com a madeira transmitindo um calor tátil e natural, onde os usuários transitam do interior para o exterior.
A casa é dobrada em torno do vale seguindo a curva de nível mais alta do terreno, otimizando o foco das áreas de estar para o vale, onde uma única abertura generosa é feita no volume. Centrado na cozinha, decks em cada lado do espaço servem o interior, enquanto aberturas de vidro operáveis mediam as condições microclimáticas imprevisíveis.
Externamente, o revestimento de metal perfilado, chapas de cimento e madeira reforçam uma ligação sutil com a tipologia da cabana no contexto rural, mas elevando a gama de materiais modestos em sua apropriação à arquitetura residencial. As estrias das chapas metálicas unificam a forma construída. O telhado é articulado para responder às transições na direção e altura do edifício principal, tornando-se uma quinta fachada significativa vista da estrada acima, enquanto a parede leste resguarda a casa dos vizinhos acima.
A estrutura da edificação é feita em madeira de reflorestamento, mas espécies locais também foram utilizadas. A seleção de características dos materiais garante que as variações sejam evidenciadas e, quando possível, as madeiras são deixadas aparentes. O pinheiro da Tasmania e o jacarandá foram obtidos e trabalhados localmente.
A gestão dos custos é assistida pela dobra estratégica do edifício na entrada principal. Efetivamente, a maior parte do orçamento é alocada para as áreas de estar, enquanto as áreas mais utilitárias são menos especificadas. A planta baixa pouco profunda e a implantação na mesma direção das curvas de nível auxilia no gerenciamento das obras.
A geração de energia fotovoltaica é projetada para atender ao uso dos habitantes, além do repasse à rede do excesso de energia gerada. A tecnologia eficiente de bomba de calor contribui no aquecimento da água com uma unidade de armazenamento central e, além disso, luzes LED são utilizadas por todo o projeto.
O edifício tem uma área interna de 179 m² controlada termicamente com orientação solar adequada, maximizando a iluminação e ventilação natural, aberturas limitadas ao sul, e vidros duplos contribuindo para uma envoltória com bom desempenho na zona de clima temperado frio.