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Arquitetos: Laboratorio Permanente
- Área: 400 m²
- Ano: 2013
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Fotografias:Luca Santiago Mora
Descrição enviada pela equipe de projeto. O jardim coberto é a extensão de um jardim de infância privado, resultado da doação da família Recordati, em Correggio Emilia, província de Reggio Emilia, região que inovou na relação entre didática e arquitetura como uma marca registrada.
O projeto, do escritório Laboratorio Permanente, ocupa uma porção do jardim da escola. Por esta razão, todo o projeto centra-se na criação de uma nova estrutura que, através de diferentes estratégias, compensa essa ocupação: construindo uma cobertura acessível e, em parte, verde; criando grandes aberturas faceando as árvores do jardim existente; introduzindo um pátio com árvores no coração do edifício. O objetivo do projeto foi promover uma relação constante da nova estrutura com o exterior.
Mesmo mantendo as crianças em ambientes fechados, a estrutura aparenta ser parte integrante do jardim. O uso generoso do vidro torna as paredes perimetrais quase completamente transparentes. Partes da fachada são recuadas do limite da estrutura, criando varandas e "bow windows" que permitem aos usuários desfrutarem de vistas privilegiadas aos espaços abertos, agradáveis, mesmo durante os meses de inverno.
Na cobertura, acessível através de uma escadaria exterior, há outra área ao ar livre disponível para as crianças, com o intuito de devolver o espaço tomado do jardim.
A cobertura foi concebida como um sistema acessível de "ambientes", onde as crianças podem realizar diversas atividades: criar um pomar; brincar nas diferentes texturas criadas pela instalação dos diferentes pisos e sentar no banco de madeira ajustado para seus tamanhos. Na floreira ao longo de todo perímetro, plantou-se o arbusto Verbenaerbena bonariensis).
A estratégia de distribuição organizacional do interior foi desenvolvida com o diretor acadêmico e propõe uma superfície o mais livre possível, com pontos de vista e aberturas internas de um ambiente ao outro. No interior do edifício não há pilares e a organização estrutural está resolvida nas bordas para manter uma geografia flexível do espaço interno.
O pátio central é pintado em azul, onde foram plantadas duas macieiras (Malus Evereste). Ele funciona como um poço de luz, um caleidoscópio de cores e aromas, capaz de trazer luz natural, mesmo no núcleo do edifício. A extensão abrange uma área de cerca de 400 metros quadrados, distribuídos num único pavimento. Compreende duas seções realocadas, dois banheiros, uma área de dormir e um refeitório.
A estrutura é feita de concreto armado, tendo sido objeto de um estudo cuidadoso de engenharia sísmica, efetuado por um técnico de estruturas de acordo com a legislação em vigor, bastante restritiva. O revestimento vertical é feito em madeira de pinho e vidro e protegida por grandes cortinas de cores laranja, amarela e vermelha, que protegem do sol excessivo no verão e que, se fechados, criam jogos divertidos de transparência com a vegetação do jardim.
A iluminação natural é confiada às janelas perimetrais, o pátio, o concreto e a claraboia de vidro que ilumina a área dos banheiros. A iluminação artificial é feita principalmente através de elementos suspensos faceando o teto.