- Ano: 2015
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Fotografias:Cyrille Weiner
Descrição enviada pela equipe de projeto. São simples cubos concreto que refletem o céu através das aberturas emolduradas, ou camufladas pela vegetação. Pascal Grasso concebeu uma espaçosa residência de veraneio que se reinventa ao ar livre, vivendo em perfeita harmonia com o meio ambiente - uma arquitetura contextual desenhada como uma resposta adaptada a geografia, a paisagem, ao clima e a luz circundante.
Contexto
Localizada no terreno arborizado em um dos lugares mais belos da costa sul de Var (França), ao redor de uma típica paisagem mediterrânea de pedras irregulares, faixas finas de areia, algumas enseadas, água... Tudo banhado pela luz.
As observações iniciais convenceram Pascal Grasso a explorar a curva que oferece a terra, para brincar com terraços em diferentes níveis e estender as paredes existentes de pedra seca, entretanto, para a adaptação ao clima ensolarado local, as más condições metereológicas e, frequentemente, a intensa luminosidade, os materiais escolhidos refletem a qualidade mineral da costa: concreto aparente, pedra, vidro e aço inoxidável.
Fontes
Disposto a misturar o edifício com a paisagem circundante, Pascal Grasso faz um chamado às imagens consideradas relevantes: em particular à uma série de volumes de concreto de Donald Judd no deserto próximo de Marfa (Texas), ou aos seus cubos e paralelepípedos de volume idêntico nos quais o artista introduziu uma variante diferente. Também a Land Art é a inclinação dos seus protagonistas em utilizar elementos naturais presentes no local da intervenção.
A estética minimalista é uma das influências formais do projeto e também revela um enfoque mais conceitual. Pascal Grasso utiliza vidro reflexivo para dar a luz noções de distúrbio ou transparência: durante o dia, nada no interior da casa pode ser percebido do exterior, podendo somente perceber as aberturas que refletem a paisagem (e isso se intensifica na maneira em que os quatro cubos se fundem no seu entorno). Lidar com esta conexão com a paisagem também implicava resolver a questão das aberturas. Utilizando "telas" no lugar de aberturas, o arquiteto pensou em enquadramentos fotográficos ou cinematográficos.
A Residência
Pascal Grasso concebeu uma residência dividia em quatro volumes estabelecidos na paisagem de acordo com uma orientação determinada por pontos de vista e conectados entre si por espaços de circulação. Cada uma das quatro caixas de concreto aparente possui um tamanho e posicionamento diferente (no solo, nos truques de levitação, no balanço ou empilhadas): isto não é somente um meio para aproveitar a terra inclinada trabalhando com terraços em diferentes níveis, mas também para interagir com a paisagem circundante.
Este refinado vocabulário, essencialmente refinado, destaca os volumes harmoniosos e constantemente os traz de volta a paisagem. A fim de não permitir que nada perturbe o olhar, todos os elementos técnicos estão integrados, transmitindo uma leitura clara dos espaços; o minimalismo se expressa através dos detalhes, revelando a complexidade do projeto quanto sua concepção e realização.