- Área: 1 m²
- Ano: 2014
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Fotografias:JAG Studio
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto Covalco é uma estrutura arquitetônica de aproximadamente 1.200 metros quadrados construídos, entre áreas internas e externas cobertas, divididos em quatro pavimentos. Esta configuração está contida num terreno de 4.266 m², localizado em um mirante natural ao sul da cidade de Cuenca, com condições topográficas relevantes que se mantém quase em sua totalidade, sem que o edifício chegue à zona onde as curvas de nível são mais pronunciadas, com o objetivo de manter a geologia própria do terreno.
Os espaços de estacionamento, praças, espelho d'água, escadas de acesso e vias foram trabalhados nos platôs, sempre que possível, para afetar em menor grau o relevo natural. Por outro lado, considerou-se que os pavimentos inferiores e superiores não se sobrepusessem estritamente, mas que se encontrassem deslocados entre si para acoplar-se com lógica à altura do terreno, aproveitando o desnível natural.
Todos esses parâmetros considerados asseguram uma otimização do condicionamento ambiental com o entorno e o próprio terreno, assim como uma marcada integração ao contexto e imagem urbana.
Implantado na zona norte do edifício há uma praça exterior de estacionamentos para visitantes, acessada por meio de uma rampa, limitada por jardins e um espelho d'água localizado na parte frontal do projeto. O visitante transita perimetralmente para chegar os diversos pontos de acesso que admitem um acesso independente a todos os níveis de construção, conferindo um alto nível de flexibilidade de usos.
O acesso veicular ao edifício se dá desde o nível inferior, que conta com estacionamento privado. Esse espaço não conta com janelas, já que todo seu perímetro está rodeado do terreno natural. Sua ventilação e iluminação são feitas pela parte superior e pelas escadas.
Em planta baixa dentro dos limites de paredes são implantados vários escritórios com sala de espera e seus respectivos sanitários; todos esses espaços contam com uma comunicação imediata aos terraços e pequenas praças externas, por meio de portas corrediças e pivotantes, que possibilitam ampliar as fronteiras espaciais.
O primeiro pavimento refere-se também a um uso de escritórios em pouco mais da metade de sua área útil, e o restante é ocupado com recepção, sanitários, sala de espera e de reuniões. Este pavimento conta com algumas áreas de pé-direito duplo que são conquistadas pela estrutura do edifício e suas coberturas.
A planta do sótão foi criada como um espaço de domínio visual. Os limites de vidro permitem contemplar ao norte a maioria da cidade e ao sul as montanhas próximas, através de aberturas zenitais nos telhados inclinados, em toda o espaço localiza-se o escritório principal com áreas generosas para uso pelo gerente e suas visitas.
O jardim interno - lateral ao projeto - e as escadas, permitem um sistema múltiplo de relações entre os distintos setores através de um espaço controlado que atua como regulador de temperatura e luz para o interior, e permite a entrada da natureza, visível em todas as áreas do conjunto arquitetônico.
Os revestimentos exteriores de vidro são, em sua maioria, de piso a teto na fachada norte. Em outros espaços são menores, proporcionando vistas com diferenças sutis entre o interior e o exterior. A orientação da maioria das janelas é para o Norte, a fim de receber luz solar direta e tirar partido das características visuais do terreno para a cidade.
Os materiais utilizados para os revestimentos são porcelanas madeiradas, concreto aparente e pedra que permitem harmonizar corretamente ao entorno e brindam a facilidade de manutenção que requer um edifício dessa magnitude. A madeira natural, que confere calor a todas as partes, é inserida em forros e escadas; as coberturas inclinadas são cobertas com telhas de barro e as lajes são revestidas de cerâmica.