- Área: 120 m²
- Ano: 2012
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Fotografias:Bruno Rego
Descrição enviada pela equipe de projeto. Em um prédio da década de 50, o arquiteto reformou um apartamento, criando um espaço aberto, repleto de verde e com luz natural, na zona oeste de São Paulo.
Durante um passeio pelo bairro, o prédio chamou a sua atenção por ser uma lâmina com características modernistas (térreo livre, fachadas com as aberturas voltadas para o lado leste-oeste e recuos) e pelo belo jardim. No processo de pesquisa das plantas do apartamento, o arquiteto descobriu que o edifício foi premiado na 4ᵃ Bienal de Arquitetura de São Paulo de 1957. O projeto do edifício é do escritório Croce, Aflalo e Gasperini, importante escritório paulista.
A primeira ideia foi integrar o espaço, eliminando algumas paredes. Sala de estar, cozinha e quarto foram unificados, possibilitando o fechamento do espaço por meio de portas de correr e painéis.
Na planta original, o apartamento possuía três dormitórios, uma cozinha, uma área de serviço e um dormitório de empregada. Dois deles foram unificados para criar a suíte principal, separada da área de banho pelo volume do closet, locado onde existia um console na estrutura. O banheiro tem piso, paredes e bancada em granito corumbá. A banheira está locada junto a ducha em um espaço com fechamento de vidro. A área da bacia é separada do ambiente por um nicho fechado com vidro leitoso. No quarto também foi criado um canto de trabalho, voltado para a janela da suite, com vista para a copa das árvores.
O banheiro social , que ocupou o dormitorio de empregada, também recebeu o mesmo acabamento do banheiro principal.
O terceiro dormitório foi aberto para a sala, sendo transformado em uma sala de televisão, e, quando necessário, em um dormitório de hóspedes. Este pode ser isolado por uma tela blackout que foi fixada na viga existente.
O terraço recebeu um deck de madeira, onde foram colocadas plantas tropicais (jabuticabeira, helicônias e filodentros) e uma coleção de orquídeas do morador.
Uma parede da sala foi coberta por espelhos, criando profundidade, e, como resultado, a impressão de amplitude da área. O piso do apartamento, em peroba, já existente, foi restaurado completamente.
A cozinha, antes totalmente fechada, foi aberta. Criou-se um painel camarão em freijo que possibilita a intregração ou o isolamento da área. Durante a reforma, foi encontrado um cano de água do prédio, sendo incorporado ao balcão. Este faz divisão com a bancada, em granito.