- Ano: 2015
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Fotografias:Patrick Reynolds
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Fabricantes: Figueras, Rondo
Descrição enviada pela equipe de projeto. O Centro Len Lyeis é o único museu de apenas um artista da Nova Zelândia e teve seu projeto largamente influenciado pela vida, ideias, escritos e obra de Len Lye (1901 – 1980).
Foi o próprio Lye que em 1964 disse que "boa arquitetura anda lado a lado com boa arte," uma máxima que influenciou a abordagem e a forma que os arquitetos de Patterson Associates projetaram o Templo Antipodean que abriga sua obra.
Lye era fascinado com templos e ao conceber o projeto geral, nos pareceu esteticamente e historicamente apropriado buscar inspiração nos "megarons," ou grandes halls, do mundo clássico, assim como formas e ideias da Polinésia. Estes também influenciaram Lye, que é afinal, o cliente.
Para fazer isso de uma nova perspectiva, nós desenvolvemos nossa linha de raciocínio de uma maneira holística ou de forma adaptativa, utilizando o que chamamos de "metodologia de sistemas." Isso significa que ao invés de utilizar proporção ou estética, nós usamos padrões na ecologia dos ambientes do projeto para guiar os elementos de projeto.
Por exemplo, a cintilante fachada com sua colunata iridescente, fabricada localmente usando aço inoxidável - de 'pedra local' de Taranaki - conecta tanto as inovações de Lye na cinética e luz, bem como a inovação industrial da região. Ao fazer isso, celebramos o dom da sorte de suas obras para Taranaki.
A colunata cria uma cortina de teatro, mas com três laterais assimétricas em rampa, levando a um tipo de vestíbulo, conhecido como "pronaos" na Grécia Antiga. É formada pela Galeria que abriga as grandes obras de Lye. Vistas de cima, as superfícies superiores das colunas criam uma forma 'koru', evidenciando as influências do Museu Polinésio como uma casa de reunião, ou 'wharenui', para Len Lye.
Estas colunas se transformam em um pórtico, anunciando a galeria principal como um tipo de 'megaron' mas também agindo como um 'wharenui', as divindades e ancestrais referenciados e representados na obra de Lye.
Tradicionalmente, a parte mais privada e mais sagrada do templo, o 'adyton', está localizado no ponto mais afastado da entrada. É onde está o arquivo de Len Lye, enquanto o 'tesouro', conhecido como os "opisthodomos," olha para trás para as pessoas que entram abaixo.
O projeto se conecta de maneira respeitosa com a Galeria de Arte Govett Brewster existente, que recentemente recebeu grande reforma. As instalações combinadas não são divididas, com um percurso circular que permite que visitantes apreciem as obras do museu e galeria dentro de uma estrutura flexível e compartilhada.
Neste percurso circular, a luz penetra o ambiente através de aberturas na fachada de colunas, criando padrões de luz em constante movimento no percurso.
Esperamos que este projeto desafie a dominância do modernismo puro no pensamento contemporâneo. O classicismo saiu de moda há muitos anos e o Museo Len Lye procura estender a linguagem modernista com significado. Criando espaço que é mais lúcido, triunfante e celebrativo do que as tradições da Bauhaus, mas também mais convincente e mais fluido do que a arquitetura gerada pelo eixo.